DestaqueUOL

Joe Biden reafirma seu apoio a Israel durante visita, mas enfrenta desafios para equilibrar interesses na crise atual

Durante sua visita a Israel, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu gabinete de guerra. Durante a reunião, Biden fez uma declaração surpreendente: “Eu não acredito que você precise ser judeu para ser sionista, e eu sou sionista”. Essas palavras, que não foram relatadas anteriormente, ilustram a profunda afinidade de Biden com Israel e como sua história e experiência estão moldando sua resposta à crise atual.

Biden, de ascendência irlandesa e católica, tem expressado afinidade por Israel ao longo de sua carreira política. Ele atribui parte de sua visão pró-Israel a seu pai, que acreditava que era justo estabelecer Israel como uma pátria judaica após o Holocausto nazista. Além disso, sua consciência sobre a perseguição aos judeus e o aumento de incidentes antissemitas nos EUA influenciam sua posição.

No entanto, a aliança de Biden com Netanyahu pode alienar membros progressistas do Partido Democrata e prejudicar sua reeleição em 2024. A comunidade internacional também está cada vez mais crítica das táticas de Israel, atribuindo parte da culpa aos EUA. Os palestinos e o mundo árabe veem Biden como excessivamente tendencioso a favor de Israel, minando seu papel como mediador imparcial.

Apesar desses desafios, Biden reafirmou seu compromisso com Israel durante a visita. Em uma reunião privada com Netanyahu, fez perguntas difíceis sobre a ofensiva em Gaza e expressou preocupação com o aumento do número de mortes civis e um possível colapso humanitário. As tensões entre os dois líderes foram amenizadas durante o encontro, mas resta saber se essa aliança desconfortável resistirá a uma possível ofensiva terrestre israelense.

Enquanto republicanos mostram apoio quase unânime a Israel, Biden enfrenta a dissidência de progressistas que pedem contenção e um cessar-fogo. A deputada Rashida Tlaib, a única americana de origem palestina no Congresso, criticou Biden por não agir contra o que ela chamou de “genocídio”. No entanto, especialistas acreditam que Biden pode ganhar terreno entre os eleitores independentes que compartilham sua afinidade por Israel.

A crise atual também levantou críticas a Biden por não dar atenção suficiente à situação dos palestinos, que vivem sob ocupação israelense e têm visto suas esperanças de um Estado próprio diminuírem. Autoridades dos EUA afirmam que agora não é o momento certo para retomar as negociações, devido à intransigência de ambas as partes. No entanto, críticos consideram a falta de atenção à questão como um fator chave para a situação atual.

No geral, a visita de Biden a Israel e suas declarações demonstram como sua história e experiência estão influenciando suas ações durante essa crise. Sua afinidade profunda por Israel, forjada ao longo de décadas, coloca-o em uma posição delicada ao tentar equilibrar o apoio ao país com a busca pela paz e a contenção da violência. O resultado dessa crise definirá o legado de Biden como presidente.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo