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Polícia Federal realiza segunda fase da Operação Déjà Vu para investigar envolvimento de policiais civis do Rio no tráfico de drogas.

A Polícia Federal (PF) está realizando uma operação nesta sexta-feira (20), pelo segundo dia consecutivo, para investigar a participação de policiais civis do Rio de Janeiro no tráfico de drogas. Denominada Operação Déjà Vu, a ação também está apurando crimes de peculato e organização criminosa cometidos pelos agentes, incluindo um delegado de polícia.

De acordo com as investigações, os policiais envolvidos teriam traficado cerca de 280 kg de cocaína de uma quantidade total de 500 kg que havia sido apreendida. Hoje, aproximadamente 50 policiais federais estão nas ruas cumprindo oito mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Os mandados estão sendo cumpridos em endereços relacionados aos criminosos, tanto na capital fluminense quanto em Araruama, na Região dos Lagos, e também na 33ª Delegacia de Polícia Civil, em Realengo, zona oeste do Rio. Durante as buscas na casa de um dos alvos, localizada no bairro de Vargem Grande, na zona oeste, os agentes encontraram R$ 43,1 mil e US$ 5.350 em espécie.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o afastamento dos policiais de seus cargos, proibiu que eles se ausentem da circunscrição e exigiu o uso de tornozeleira eletrônica. Também foi solicitado o sequestro de bens no valor de R$ 5 milhões.

A Operação Déjà Vu é um desdobramento da Operação Turfe, realizada pela PF em fevereiro deste ano, cujo objetivo era desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas. Naquela ocasião, os policiais federais monitoravam uma carga de cocaína que seria exportada em um contêiner. No entanto, os policiais civis abordaram o caminhão que transportava a droga e realizaram a apreensão, mas apresentaram apenas uma parte do entorpecente, apropriando-se dos 280 kg restantes.

A Polícia Federal constatou, após investigações patrimoniais, a participação não apenas dos condutores da ocorrência, mas também do delegado titular da unidade, de outro policial civil e da irmã de um dos policiais. As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas da PF (DRE/PF/RJ), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). A Receita Federal também colaborou na análise dos dados financeiros dos investigados.

Para o cumprimento dos mandados, a PF contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ). O nome da operação, Déjà Vu, faz referência à sensação de já ter vivido ou visto algo que está acontecendo no presente, expressão de origem francesa que significa “já visto”.

É importante ressaltar que, apesar das informações apresentadas, não foi divulgada a fonte deste texto.

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