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Proprietário de clínica de reabilitação em São Paulo é preso por suspeita de envolvimento em mortes de internos.

Na última quinta-feira (19), a polícia de São Paulo efetuou a prisão do proprietário, de 40 anos, de uma clínica de reabilitação em Embu-Guaçu (SP), onde dois internos foram mortos por funcionários no ano de 2023. As investigações conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) indicam que a instituição de propriedade do indiciado está sob suspeita pelos fatos ocorridos.

No final de setembro, cinco funcionários da clínica já haviam sido presos em flagrante após a segunda morte, que vitimou um homem de 39 anos que estava internado no local. Os funcionários, com idades entre 26 e 65 anos, são apontados como suspeitos de terem causado a morte do interno.

Testemunhas relataram à TV Globo que a vítima foi encontrada morta após ter sido amarrada e agredida com golpes de madeira e ferro. A SSP informou que o interno já chegou ao hospital sem vida. É importante ressaltar que essa não foi a primeira morte a ocorrer na instituição este ano. Em março, um homem de 27 anos também foi encontrado morto na mesma clínica, apresentando sinais de violência no pescoço. Naquela ocasião, três funcionários foram presos em flagrante.

Diante desses acontecimentos, a Agência Brasil entrou em contato com a defesa do proprietário da clínica, porém não obteve retorno até o momento. No entanto, em setembro, o mesmo afirmou que não tinha conhecimento dos casos de violência e repudiou o uso de força ou violência contra os dependentes químicos. Segundo suas declarações, ele não acredita que essa seja uma opção para o tratamento.

A ocorrência dessas mortes na clínica de reabilitação Kairos Prime choca a população e levanta questionamentos sobre a segurança e a qualidade do tratamento oferecido aos dependentes químicos. Afinal, o objetivo dessas instituições é justamente auxiliar na recuperação dos internos, promovendo um ambiente saudável e seguro para a reabilitação. Espera-se que as investigações continuem a esclarecer os fatos e que medidas efetivas sejam tomadas para evitar a repetição dessas tragédias. É necessário garantir que todas as clínicas de reabilitação estejam devidamente regulamentadas e sejam fiscalizadas de forma adequada, visando a proteção e o bem-estar dos dependentes químicos que buscam apoio nessas instituições.

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