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Ministro anuncia extensão de linha de crédito do BNDES para grandes empresas afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, anunciou nesta terça-feira (17), em reunião conjunta das comissões da Câmara dos Deputados, que a linha de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), criada para socorrer cidades do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes, será estendida para grandes empresas. Segundo Pimenta, o Programa BNDES de crédito solidário atualmente se destina a pequenos empreendedores e agricultores familiares afetados pela calamidade pública, representando 98% da economia local.

“Queremos criar um programa específico para empresas que têm faturamento de até R$ 300 milhões, uma linha específica do BNDES que está sendo regulamentada, num modelo parecido com esse que nós construímos para a restruturação das cooperativas. Então, nós vamos atender também aquelas empresas maiores”, afirmou o ministro.

Durante a reunião, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ressaltou a importância do esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal para mitigar os efeitos da calamidade. Góes informou que o governo federal deve injetar mais de R$ 1 bilhão no estado, entre créditos extraordinários para recuperação habitacional e adiantamento de dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Os deputados da bancada gaúcha também se mobilizaram para suprir as necessidades imediatas das prefeituras. Eles pretendem adiantar R$ 100 milhões disponíveis em emendas parlamentares. “A dificuldade é encontrar uma forma de colocar os R$ 100 milhões que a bancada está disposta dos mais de R$ 300 milhões que tem disponível para uma única rubrica, porque obviamente há outras que precisam ser abertas na saúde, na segurança e para projetos de estrutura”, explicou o deputado Marcel van Hattem.

No entanto, os prefeitos das cidades gaúchas afetadas pelas enchentes reclamaram da burocracia para a liberação dos recursos destinados à recuperação da economia local. Leandro Evaldt, diretor-geral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, pediu urgência para atender às 14 grandes empresas do Vale do Taquari afetadas pelas cheias. Ele ainda propôs que as operadoras de crédito regionais sejam autorizadas a operar esses recursos, o que agilizaria os repasses.

Diante das cobranças, o ministro Waldez Góes reconheceu os entraves da burocracia, mas reforçou o compromisso do governo federal em executar as etapas de reestruturação e prevenção de tragédias naturais. Góes também mencionou a assinatura de um pacto federal para o monitoramento e a retomada da construção de barragens, que deve ser firmado por todos os estados até o final do mês.

Em resumo, o anúncio da extensão da linha de crédito do BNDES para grandes empresas e o compromisso do governo federal em agilizar a liberação dos recursos foram os principais temas discutidos durante a reunião na Câmara dos Deputados. Os participantes reconheceram a importância do esforço conjunto para minimizar os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul e buscar soluções para a recuperação da economia local.

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