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Pressão internacional incide sobre o Itamaraty em meio a voto crucial na ONU sobre a crise em Gaza

Faltando poucas horas para um voto decisivo na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre uma resolução proposta pelo Brasil para dar uma resposta à crise na Faixa de Gaza, o Ministério das Relações Exteriores, conhecido como Itamaraty, está sendo alvo de intensa pressão e lobby por parte dos governos de Joe Biden e Vladimir Putin.

A crise na Faixa de Gaza se intensificou nas últimas semanas, com confrontos violentos entre Israel e o grupo palestino Hamas, resultando em inúmeras mortes e uma deterioração significativa da situação humanitária na região. Diante desse panorama, a comunidade internacional busca uma resposta para o conflito, e o Brasil apresentou uma proposta de resolução à ONU.

Representantes dos Estados Unidos e da Rússia estão fazendo um intenso lobby junto ao governo brasileiro, buscando influenciar o posicionamento do país na votação. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, vê com preocupação a proposta brasileira, que busca estabelecer um cessar-fogo imediato na região, e defende uma solução dialogada entre as partes envolvidas.

Por outro lado, Vladimir Putin, presidente da Rússia, apoia a posição brasileira e tem dado suporte às negociações entre o Brasil e outros países para a construção de uma coalizão favorável à resolução. A Rússia é um dos países com poder de veto dentro do Conselho de Segurança da ONU e, por isso, exerce grande influência nas decisões tomadas pela organização.

O Itamaraty tem mantido uma postura cautelosa diante dessas pressões, buscando levar em consideração os interesses nacionais e os valores defendidos pelo Brasil. O chanceler brasileiro tem se reunido com representantes dos diversos países interessados na resolução, buscando encontrar um consenso que seja benéfico para todas as partes envolvidas no conflito.

Enquanto isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Assembleia Geral da ONU em Nova York, abordando a crise na Faixa de Gaza em seu pronunciamento. Lula reforçou o apoio do Brasil à proposta de resolução e defendeu a busca por uma solução pacífica e justa para o conflito, enfatizando a importância do diálogo entre as partes.

A expectativa é que a votação ocorra nas próximas horas, e o Brasil, como um membro não permanente do Conselho de Segurança, terá peso na decisão final. O país buscará continuar sua postura diplomática de defesa dos direitos humanos e da paz, levando em consideração as pressões e argumentos apresentados pelos governos de Joe Biden e Vladimir Putin.

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