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Liga dos Estados Árabes e União Africana alertam para risco de genocídio na Palestina e pedem cessar-fogo em Gaza.

No domingo, a Liga dos Estados Árabes e a União Africana divulgaram um comunicado conjunto alertando para o risco de um genocídio contra o povo palestino e pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza. No documento, eles fizeram um apelo às Nações Unidas e à Comunidade Internacional para que tomem uma posição firme antes que seja tarde demais.

O Secretário-Geral da Liga dos Estados Árabes, Ahmed Aboul Gheit, e o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki, assinaram o comunicado após se reunirem no Cairo, capital do Egito.

O comunicado afirmou que uma operação terrestre israelense resultaria em um grande número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, e poderia levar a um genocídio sem precedentes. A Liga Árabe e a União Africana pediram à comunidade internacional que aderisse aos princípios de humanidade e justiça e trabalhasse coletivamente para evitar um ataque prolongado aos palestinos.

Além disso, ressaltaram a necessidade de criação de um corredor humanitário para fornecer ajuda à população de Gaza, que enfrenta uma crise humanitária com falta de água, eletricidade e um sistema de saúde à beira do colapso. No entanto, destacaram que o castigo coletivo não pode ser aceito.

A Liga dos Estados Árabes é uma organização composta por 22 países árabes, enquanto a União Africana reúne todos os 55 países africanos. A declaração conjunto ressaltou que a solução política baseada na visão de dois estados continua sendo a única garantia de segurança e paz para toda a região.

Na rede social, o presidente da União Africana, Moussa Faki, reforçou a posição expressa no dia 7 de outubro, após os atentados do Hamas contra Israel, e afirmou que a negação dos direitos fundamentais do povo palestino é a principal causa da tensão entre Israel e Palestina.

Nesta segunda-feira, durante a abertura do Conselho de Ministros Árabes da Justiça em Bagdá, no Iraque, o secretário-geral da Liga Árabe, Aboul Gheit, voltou a comentar o assunto. Ele condenou o ataque a Gaza, afirmando que ele tem como objetivo punir o povo palestino e exterminá-lo. Gheit também criticou a comunidade internacional por seu silêncio diante dessa situação, chamando-a de uma maldição para a consciência global.

Diante desse contexto, é imprescindível que a comunidade internacional tome medidas urgentes para conter a escalada da violência e garantir a segurança e o bem-estar do povo palestino. A criação de um corredor humanitário para fornecer ajuda aos necessitados e a busca por uma solução política baseada na visão de dois Estados são passos essenciais nesse sentido. A omissão diante dessa catástrofe iminente seria um crime contra a humanidade e uma mancha na consciência global.

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