Wajngarten publicou em suas redes sociais que “não há impedimentos do lado israelense pela imediata saída dos mesmos”, após a tratativa. Essa conversa ocorre após o adiamento da travessia da fronteira de Gaza com o Egito pelo grupo de brasileiros, que estava prevista para sábado (14). Segundo o governo brasileiro, Israel retrocedeu e não concedeu autorização para que os estrangeiros deixassem a área conflagrada, mesmo após uma série de negociações.
Em entrevista esta semana, o embaixador de Israel no Brasil afirmou que seu país não tem “nada contra” a possibilidade de cidadãos brasileiros saírem da Faixa de Gaza. Ele mencionou que a fronteira com o Egito poderia ser uma opção para a saída dessas pessoas. O embaixador disse ainda esperar que todos consigam deixar o local em segurança. No entanto, ele não acredita na possibilidade de um corredor humanitário ser negociado junto ao grupo terrorista Hamas, responsável pelo ataque que iniciou o conflito. O embaixador afirmou que não há diálogo com o Hamas, apenas “diálogo com tiros”.
Israel controla regiões do sul de Gaza e já realizou diversos bombardeios próximos à fronteira do território com o Egito, o que dificulta o trânsito das pessoas até o ponto de passagem. Na última quinta-feira (12), o governo federal deslocou a aeronave da Presidência da República para Roma, na Itália, a fim de resgatar os brasileiros. O avião aguarda apenas a autorização do governo egípcio para prosseguir com a operação e trazê-los de volta ao Brasil. O modelo VC-2 (Embraer 190) possui capacidade para 40 passageiros.
O conflito entre Israel e Hamas está em seu nono dia, e há a expectativa de uma possível invasão terrestre de Tel Aviv na Faixa de Gaza, território palestino controlado pelo grupo terrorista, onde mais de 2,3 milhões de pessoas vivem atualmente sob cerco total.
Este artigo contou com a colaboração de Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith.
