Espera-se que fronteira entre Gaza e o Egito seja aberta amanhã para repatriação de brasileiros, diz embaixador.

Atualmente, um grupo de 28 pessoas, sendo 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil, está abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira. Segundo o embaixador, a saída desses brasileiros depende da abertura da passagem para o Egito e da autorização das autoridades de imigração para carimbar os passaportes dos brasileiros.
O governo brasileiro informou que assim que o grupo puder cruzar para o Egito, eles serão trazidos ao Brasil no avião VC-2 da Presidência da República. Esse avião tem capacidade para transportar até 40 passageiros. Vale destacar que outros cinco voos de repatriação já foram feitos para trazer brasileiros e familiares de Israel.
Para viabilizar o resgate desse grupo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, têm negociado a abertura da fronteira desde a semana passada. O presidente entrou em contato via telefone com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Além disso, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que a passagem fronteiriça controlada pelo Egito na Faixa de Gaza será reaberta. Ele também mencionou que os Estados Unidos estão trabalhando em conjunto com egípcios, israelenses e a Organização das Nações Unidas (ONU) para que auxílio humanitário possa chegar à região.
Centenas de toneladas de ajuda já foram enviadas de diversos países e estão aguardando há dias na península do Sinai, no Egito. No entanto, falta um acordo para sua entrega segura em Gaza, juntamente com a evacuação de estrangeiros por meio da fronteira em Rafah.
O Egito, por sua vez, intensificou seus esforços diplomáticos para resolver o impasse e reabrir a passagem de Rafah. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que houve uma conversa muito produtiva com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e que estão trabalhando em conjunto com a ONU, o Egito, Israel e outros para estabelecer um mecanismo que permita a entrega da ajuda humanitária às pessoas que precisam.
É importante ressaltar que essas informações foram divulgadas pela Reuters, mas não foram mencionadas a fonte exata nem a data da publicação.