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Eleições no Equador: em meio a uma crise de segurança, população decide entre empresário de centro-direita e esquerdista moderada.

Foram meses turbulentos no Equador, com uma série de acontecimentos políticos e crises de segurança. Agora, os equatorianos se preparam para o segundo turno das eleições presidenciais neste domingo (15), e as pesquisas indicam um clima de esperança. Os candidatos são o empresário de centro-direita Daniel Noboa e a esquerdista Luisa González, ambos ex-deputados considerados moderados.

O resultado deste segundo turno definirá o próximo presidente do país, que terá um mandato curto de apenas um ano e meio. A eleição foi convocada pelo atual presidente Guillermo Lasso, após uma tentativa de impeachment. Lasso deixará o cargo em 30 de novembro com baixa popularidade e sem ter conseguido acordos na Assembleia Legislativa.

Noboa, filho de um bilionário e possível líder mais jovem do país, foi a grande surpresa do primeiro turno, herdando os eleitores de outros candidatos de direita e centro-direita. No entanto, recentemente a imprensa revelou que ele é dono de empresas em paraísos fiscais, o que é proibido pela lei eleitoral equatoriana.

González, por sua vez, tem conseguido diminuir a diferença nas pesquisas e pode se tornar a primeira mulher a governar o país. Ela representa o ex-presidente Rafael Correa e sua força política, que dominou o Equador por muitos anos.

O país enfrenta atualmente uma crise de segurança, com uma guerra entre narcotraficantes que triplicou a taxa de homicídios e aumentou os casos de violência política. A situação se agravou devido ao aumento da produção global de cocaína, o que tornou os portos equatorianos mais relevantes na rota do tráfico para os Estados Unidos, Europa e Ásia.

Diante desse contexto, os dois candidatos têm tentado evitar confrontações mais fortes e buscam o consenso da população. A principal preocupação dos equatorianos é a segurança, e ambos os candidatos propõem o endurecimento da repressão ao crime e o fortalecimento das forças policiais.

Além da questão da segurança, o novo presidente terá que lidar com outros desafios, como a informalidade no mercado de trabalho e a pobreza, que atingiu níveis mais altos do que antes da pandemia. Esses fatores contribuíram para um aumento da migração legal e ilegal para outros países, principalmente os Estados Unidos.

Em resumo, as eleições presidenciais no Equador ocorrem em meio a um cenário de turbulência política e segurança pública delicada. Os equatorianos terão que tomar uma decisão entre um modelo empresarial capitalista e um socialismo moderado, além de considerar as propostas dos candidatos para enfrentar os desafios econômicos e sociais do país.

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