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Esse anúncio gerou preocupação em algumas nações, como Rússia e Turquia, que consideraram a medida escalatória. O presidente russo, Vladimir Putin, questionou se os Estados Unidos queriam bombardear o Líbano com a presença de um porta-aviões de propulsão nuclear. O novo grupo militar deverá levar mais de três semanas para chegar à área de Haifa, no norte de Israel.
Além do envio de um segundo porta-aviões, os Estados Unidos também deslocaram esquadrões de caças para suas bases no Oriente Médio. Essas ações sinalizam um apoio massivo a Israel, caso a situação se torne incontrolável, especialmente nas constantes escaramuças com o Hizbullah, uma milícia libanesa apoiada pelo Irã e aliada do Hamas.
Por sua vez, o Irã apostou em gestos políticos para demonstrar apoio ao Hamas. O líder político do grupo palestino, Ismail Hanyeh, se encontrou com o chanceler iraniano, Amir Abdollahian, no Qatar. Essa foi a primeira reunião pública entre uma alta autoridade do Irã e um líder do Hamas. Abdollahian também se encontrou com o secretário-geral da Jihad Islâmica em Beirute. O Irã se refere a esses encontros como parte do “Eixo da Resistência”, que rejeita a existência de Israel e os acordos entre o Estado judeu e países árabes da região.
Todos esses atores envolvidos na guerra entre Israel e o Hamas possuem ligações com a Rússia, que é adversária dos Estados Unidos na Guerra da Ucrânia e defende um antagonismo maior com o Ocidente. A Síria também está inserida nesse grupo e voltou a ser destaque neste sábado, acusando Israel de atacar novamente seu aeroporto em Aleppo, no norte do país. Essa troca de fogo demonstra os riscos de uma escalada regional da crise, especialmente porque os aeroportos sírios são pontos de entrada de armamentos do Irã, que poderiam ser direcionados ao Hizbullah.
Portanto, a guerra entre Israel e o Hamas continua a se intensificar, com novos movimentos militares por parte dos Estados Unidos e gestos políticos por parte do Irã e seus aliados. Essa situação coloca a região do Oriente Médio em uma crescente tensão, com possibilidades de uma escalada regional da crise.