

O governo de Israel alega que está agindo em autodefesa contra o Hamas, que governa a Faixa de Gaza. No entanto, é importante lembrar que a Faixa de Gaza é uma prisão a céu aberto, onde cerca de dois milhões de palestinos vivem em condições desumanas, com acesso restrito a água potável, energia elétrica e assistência médica adequada. É uma situação que a chefe de Direitos Humanos da ONU chamou de “absolutamente desumana”.
Israel, por outro lado, é uma potência militar bem-armada e com recursos abundantes, graças ao apoio constante dos Estados Unidos. O país mantém um sistema de ocupação militar na Cisjordânia, constrói assentamentos ilegais em terras palestinas e impõe um bloqueio cruel à Faixa de Gaza. Essas ações são amplamente consideradas violações do direito internacional e são criticadas por diversos países e organizações internacionais.
O que fica claro é que o objetivo de Israel não é apenas se defender contra o Hamas, mas sim manter o controle sobre a Palestina. O projeto sionista de estabelecer um Estado judeu na Palestina tem sido marcado por uma política colonialista e racista, que busca a expulsão dos palestinos de suas terras e a supressão de sua identidade nacional.
A resistência do povo palestino a essa opressão é o que realmente ameaça Israel. A juventude palestina se organizou em manifestações pacíficas, como a Grande Marcha do Retorno, demandando o fim do bloqueio em Gaza e o reconhecimento de seus direitos básicos. No entanto, Israel respondeu com força militar desproporcional e violenta, matando centenas de palestinos desarmados, incluindo crianças e jornalistas.
É importante destacar que existem também israelenses que se opõem a essa política de ocupação e apartheid. Organizações como Breaking the Silence e B’Tselem têm denunciado publicamente as violações dos direitos humanos cometidas pelo governo israelense e defendido uma solução baseada em justiça e igualdade para todos.
Portanto, enquanto Israel tenta justificar suas ações como uma guerra contra o Hamas, a verdadeira ameaça ao seu projeto colonial e racista é a persistência e a resistência dos palestinos em buscar um futuro livre e digno para sua terra e seu povo. É fundamental que a comunidade internacional reconheça e apoie essa luta pela justiça e pelos direitos humanos.