
Apesar do apelo de evacuação, alguns moradores se recusam a sair. Abu Azzam, um residente de Gaza, declarou: “O inimigo quer nos aterrorizar e nos forçar ao exílio, mas resistiremos”. Essa persistência demonstra a determinação de algumas pessoas em enfrentar a adversidade.
Desde o início dos ataques letais e destrutivos, mais de 2.200 pessoas já perderam suas vidas na Faixa de Gaza, a maioria delas civis, incluindo 724 crianças. A área, que está sujeita a um bloqueio israelense desde 2006, tem sofrido com a destruição de mais de 1.300 edifícios, deixando cerca de 5.540 moradias completamente destruídas e outras 3.750 em estado irreversível de danos.
Enquanto isso, o Hamas continuou lançando uma chuva de foguetes contra o centro de Israel nesta manhã. A cidade de Khan Yunis, no sul da Palestina, também foi palco de resgates de pessoas feridas após os ataques. Centenas de pessoas ainda estão desaparecidas, e a identificação dos corpos é uma tarefa em andamento.
Do lado israelense, desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, pelo menos 1.300 pessoas, a maioria civis, foram mortas. Tais números refletem a gravidade do conflito e suas consequências humanitárias.
A comunidade internacional tem acompanhado com preocupação os recentes eventos e teme que o conflito se expanda na região, causando uma catástrofe ainda maior em Gaza. Atualmente privada de água, eletricidade e alimentos, a Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes.
A situação levou o secretário-geral da ONU, António Guterres, a fazer um apelo pelo “acesso humanitário imediato” a Gaza, destacando que o sistema de saúde está próximo do colapso e os necrotérios estão cheios. O presidente norte-americano, Joe Biden, também expressou preocupação com a crise humanitária e reiterou seu compromisso de ajudar Israel na sua defesa contra os ataques.
Enquanto a crise se agrava, a Arábia Saudita anunciou a suspensão das discussões sobre uma possível normalização das relações com Israel. A Arábia Saudita também pediu um cessar-fogo imediato em Gaza e o levantamento das restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária na região.
No Reino Unido, milhares de pessoas se manifestaram em apoio aos palestinos, no centro de Londres, apesar das proibições em outros países europeus. A marcha foi autorizada, mas a polícia alertou que qualquer demonstração de apoio ao Hamas resultaria em prisão.
Enquanto o conflito continua sem uma solução clara à vista, a comunidade internacional busca maneiras de aliviar o sofrimento dos afetados pela violência e encontrar um caminho para uma paz duradoura na região.