FIJ pede proteção da UNESCO para jornalistas na Faixa de Gaza e apela ao respeito ao direito internacional humanitário
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Segundo informações do Sindicato dos Jornalistas da Palestina, até o momento, pelo menos seis jornalistas palestinos já foram mortos nos ataques israelenses em Gaza. Por sua vez, o Comitê Internacional de Proteção dos Jornalistas estima que 10 jornalistas foram mortos e dois ainda estão desaparecidos. Os ataques não poupam ninguém e nem mesmo os profissionais da imprensa, como foi o caso do cinegrafista da Reuters, Issam Abdallah, que foi morto no sul do Líbano nesta sexta-feira.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou sua preocupação com a morte do cinegrafista da Reuters e alertou para o risco de o conflito se alastrar para o Líbano. Enquanto isso, a presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro, está acompanhando a situação e enfatizou que os jornalistas na Palestina estão em uma posição bastante delicada.
De acordo com Samira, é importante ressaltar que o jornalismo não é crime e que os profissionais da imprensa estão desprotegidos diante dos ataques de Israel, que não estão poupando a população civil nem os mensageiros que levam a cobertura do conflito à população local.
A FIJ teme que o número de mortes de jornalistas aumente com a invasão de Israel em Gaza e se preocupa com as consequências para os civis e os jornalistas. A entidade destaca ainda que, atualmente, nenhum jornalista estrangeiro tem acesso à Faixa de Gaza para informar a sociedade sobre o que está acontecendo.
Diante desse cenário, é fundamental que a UNESCO atue de forma efetiva para garantir a segurança dos jornalistas na Faixa de Gaza, bem como para que todas as partes envolvidas respeitem os princípios do direito internacional e da Carta das Nações Unidas. A proteção desses profissionais é essencial para que a verdade seja divulgada e para que a população tenha acesso a informações confiáveis sobre o conflito.