Segundo Prates, a política comercial implementada pela gestão petista na estatal tem condições de lidar com cenários de grande volatilidade, como vem sendo feito desde maio. No entanto, ele não descarta a possibilidade de ajustes nos preços internos caso as cotações do petróleo permaneçam em níveis elevados por um longo período. “Se tivermos que fazer ajustes, o faremos”, afirmou, ressaltando que a situação da gasolina e do diesel no mercado global é diferente.
Enquanto o mercado de gasolina enfrenta excesso de estoques e margens reduzidas, o diesel sofre com cortes na produção, estoques em queda e margens elevadas. No início do pregão desta segunda-feira, o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,44 mais baixo do que a paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). A diferença média nacional era de R$ 0,32 por litro. Já no caso da gasolina, não há praticamente nenhuma defasagem entre o preço médio praticado pela Petrobras e a paridade calculada pela Abicom. Na semana passada, o preço nacional chegou a ficar mais caro do que os preços internacionais por alguns dias.
A Petrobras não realizou ajustes nos preços da gasolina e do diesel desde 16 de agosto. Durante esse período, as cotações do petróleo subiram para acima dos US$ 90 e o mercado do diesel foi impactado pelo corte das exportações russas, que posteriormente foi revisto. Prates defendeu que a estabilização dos preços internos dos combustíveis é um sinal de que a nova política comercial da Petrobras está sendo bem-sucedida, ao combinar componentes nacionais de custos e eficiências logísticas da empresa para absorver parte do aumento dos preços.