Mercado financeiro mantém previsões econômicas estáveis para 2023, segundo Boletim Focus
Uma das principais expectativas é o crescimento da economia para este ano, que se manteve em 2,92%. Já para 2025, espera-se um Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%. Além disso, as projeções para 2025 e 2026 indicam uma expansão de 1,9% e 2%, respectivamente.
No entanto, a economia brasileira mostrou resultados ainda melhores do que o esperado no segundo trimestre deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento foi de 0,9% em relação aos primeiros três meses de 2023 e 3,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, o PIB teve uma alta de 3,2%, e no semestre a alta acumulada foi de 3,7%.
Quanto à inflação, as previsões se mantiveram estáveis em relação à edição anterior do Boletim Focus. Para este ano, a expectativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 4,86%. Já para 2024, houve um pequeno aumento na estimativa, que passou de 3,87% para 3,88%. As projeções para 2025 e 2026 indicam uma inflação de 3,5% em ambos os anos.
É importante ressaltar que a estimativa para 2023 está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Segundo o Banco Central, há uma probabilidade de 67% de que o índice oficial de inflação ultrapasse esse teto em 2023.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano e já passou por dois cortes no semestre. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa encerre 2023 em 11,75% ao ano.
A projeção para a cotação do dólar é de R$ 5 para o final deste ano e R$ 5,02 para o final de 2024.
Vale destacar que as incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta têm preocupado o Banco Central, que busca manter uma política monetária contracionista para controlar a inflação e garantir o crescimento econômico sustentável. O comportamento dos preços, o desempenho da economia e outros fatores influenciam a decisão sobre a taxa básica de juros.
Em resumo, as previsões indicam que a economia brasileira continua se recuperando, impulsionada por um crescimento acima do esperado e pela estabilidade nos indicadores econômicos. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como o controle da inflação e a manutenção de políticas monetárias adequadas para garantir a estabilidade financeira do país.
