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Médicos ortopedistas são atacados em quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e sobrevivente revela detalhes angustiantes

No último domingo (8), o programa Fantástico, da Globo, exibiu em sua entrevista com o sobrevivente Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, o relato sobre os momentos que antecederam o ataque ocorrido na madrugada de quinta-feira (5), em um quiosque na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, onde médicos ortopedistas foram alvo de tiros disparados por quatro criminosos.

Segundo Daniel, que está internado na UTI do Hospital Samaritano, também na Barra, ele conversava com seus amigos médicos no momento da tragédia. Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, disse que seu último filho iria se casar e planejava diminuir o ritmo de trabalho após a cerimônia. Já Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, relatou que precisava trabalhar muito por ter filhos pequenos para sustentar.

Infelizmente, Marcos e Perseu não resistiram aos ferimentos e faleceram no local. Daniel e Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35 anos, foram socorridos, porém Diego não resistiu e veio a óbito no hospital. O irmão de Diego é a deputada federal Sâmia Bomfim, do PSOL.

Daniel, que levou dez tiros durante o ataque, inclusive enquanto já estava caído, passou por uma cirurgia de dez horas, que envolveu 19 profissionais de saúde. Ele sofreu fraturas nos braços, pernas e teve uma perfuração no intestino. Apesar de tudo, Daniel está lúcido e em fase de recuperação.

Em um vídeo gravado no hospital, Daniel tranquilizou seus amigos e familiares, dizendo que está bem e que vai sair dessa. Ele agradeceu pela preocupação e apoio recebido. Durante a conversa no quiosque, um dos amigos olhou para o relógio e constatou que era próximo de uma hora da madrugada, sugerindo que estavam na hora de irem embora. Infelizmente, o ataque aconteceu logo após essa observação.

Os quatro médicos estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional sobre cirurgia minimamente invasiva, que contou com a presença de 300 profissionais brasileiros e estrangeiros. A mãe de Daniel, Márcia Proença, discorda daqueles que afirmam que os médicos estavam no lugar errado na hora errada. Ela ressalta que seu filho estava no lugar certo, comemorando com os amigos, tomando uma cerveja.

Márcia também agradeceu pelas correntes de orações que estão sendo feitas pela recuperação do filho e expressou sua emoção diante do apoio recebido. A família e os amigos das vítimas estão em luto e esperam que a justiça seja feita em relação a esse ataque brutal e covarde.

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