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A guerra dos muckers: A saga dos imigrantes alemães no Sul do Brasil e a perseguição militar até a morte da líder Jacobina







Artigo: A guerra dos imigrantes

A guerra dos imigrantes: O espírito alemão e o estranho mucker no Sul do Brasil

No contexto da imigração no Sul do Brasil, um grupo de imigrantes alemães ganhou destaque devido a sua suposta ligação com o separatismo e ao não alinhamento com o luteranismo. De acordo com o antropólogo João Guilherme Biehl, em seu artigo recente, os muckers eram predominantemente descendentes de alemães nascidos no Brasil, sendo que a maioria deles não falava português e vivia em áreas rurais.

Segundo os registros, a maioria dos muckers era composta por lavradores, sendo que a líder, Jacobina, era analfabeta, assim como a maior parte do grupo. Além disso, a maioria dos muckers declarava-se como protestantes, o que era um fato incomum na região na época.

A partir de 1873, os conflitos entre os muckers e os demais moradores da região intensificaram-se, com acusações graves sendo feitas contra o grupo, que variavam de crimes como assassinatos e estupros a incêndios de propriedades. Entretanto, nada foi comprovado até então.

No final de junho de 1874, após ordens militares, iniciou-se a perseguição aos líderes dos muckers, resultando em confrontos e, em agosto do mesmo ano, o último reduto do grupo foi atacado, resultando na morte de 17 pessoas, incluindo a líder Jacobina.

Por outro lado, o termo “mucker” carrega consigo significados polêmicos, sendo associado tanto ao fanatismo religioso quanto ao embuste e engano. Segundo estudiosos, o nome pode ter surgido devido ao som produzido pelo grupo durante as suas práticas religiosas, as quais eram vistas como estranhas pelos demais moradores da região.


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