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Médico sobrevivente de ataque a tiros no Rio de Janeiro segue estável, enquanto investigações apontam para possíveis motivações políticas ou engano

O médico que sobreviveu ao ataque a tiros no Rio de Janeiro – que deixou três mortos, incluindo o irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) – segue estável, segundo o hospital no qual ele está internado.

De acordo com o boletim médico divulgado nesta sexta-feira (6), o paciente permanece lúcido, orientado e seu quadro clínico segue estável.

As quatro vítimas do ataque que ocorreu na madrugada de quinta-feira (5), em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, eram médicos ortopedistas. Eles estavam na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento internacional com apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade que os médicos faziam parte. A informação foi confirmada à CNN pela própria associação.

As vítimas do crime foram identificadas como Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bonfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. Eles foram assassinados no local do evento.

O crime

A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) informou que policiais do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram chamados para atender a uma ocorrência de homicídio na Avenida Lúcio Costa, na praia do bairro. Chegando lá, encontraram as quatro vítimas baleadas.

Segundo informações preliminares, pelo menos 33 tiros foram disparados pelos criminosos no ataque.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o caminho percorrido pelo carro dos criminosos e avaliando se aconteceu alguma coisa no deslocamento do grupo de São Paulo para o Rio.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solicitou que a Polícia Federal acompanhe a investigação. Em uma publicação nas redes sociais, ele mencionou a “hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais” como motivo para a entrada da PF no caso.

Apesar disso, fontes do Ministério da Justiça descartam a possibilidade das investigações serem federalizadas.

Até o momento, há mais de uma linha de investigação em andamento. Além da possibilidade de motivação política devido à relação de parentesco de uma das vítimas com a deputada Sâmia Bonfim, os policiais civis também consideram a possibilidade de que os médicos tenham sido atingidos por engano.

Uma das teorias é que Perseu Ribeiro Almeida, uma das vítimas fatais, possa ter sido confundido com o filho de um dos chefes da milícia na zona oeste do Rio, já que os dois teriam uma aparência física muito próxima.

Veja também: Número de chacinas na zona oeste do Rio de Janeiro sobe 200%

Em outro caso relacionado à violência no Rio de Janeiro, o número de chacinas na zona oeste da cidade aumentou 200%. Saiba mais no vídeo abaixo:

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