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Médico é assassinado junto com outros colegas em ataque a tiros na Barra da Tijuca

A deputada federal Sâmia Bomfim, do partido PSOL de São Paulo, está passando por um momento de grande dor após o assassinato de seu irmão, o médico Diego Ralf de Souza Bomfim. O crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (5) na avenida da praia da Barra da Tijuca, região Oeste do Rio de Janeiro. O médico e alguns colegas foram surpreendidos por disparos de arma de fogo, tendo pelo menos 33 tiros atingido o grupo.

Através das redes sociais, a parlamentar expressou seu pesar aos familiares das outras vítimas e exigiu que o caso seja investigado com celeridade e seriedade. Em seu perfil no Twitter, Sâmia escreveu: “Eu e minha família agradecemos por todas as mensagens de solidariedade. Expresso também nossas condolências aos familiares de Marcos e Perseu. Meu irmão era um homem incrível, carinhoso, alegre, nosso orgulho. Que haja celeridade e seriedade na investigação. Estamos destroçados!”.

O ataque resultou na morte de três médicos ortopedistas, incluindo Diego Bomfim. Uma quarta vítima também foi ferida e está hospitalizada. Os bombeiros socorreram o grupo, mas três deles faleceram antes de receberem atendimento médico.

De acordo com informações da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ), agentes do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram acionados para atender a uma ocorrência de homicídio na Avenida Lúcio Costa, na praia do bairro. Ao chegarem ao local, encontraram as quatro vítimas baleadas.

Os médicos estavam na cidade para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento de abrangência internacional apoiado pela Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade da qual os profissionais faziam parte.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o percurso realizado pelos criminosos e avaliando se ocorreu algum incidente durante o deslocamento do grupo de São Paulo até o Rio. Os primeiros indícios apontam para uma execução premeditada.

Diego Ralf de Souza Bomfim, além de irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, era especializado em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Marcos de Andrade Corsato, outro médico morto no ataque, atuava como médico assistente do grupo de Tornozelo e Pé do IOT da FMUSP, onde também concluiu sua graduação e mestrado em ortopedia e traumatologia.

A terceira vítima fatal, Perseu Ribeiro Almeida, se formou em medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Salvador, realizou sua residência em ortopedia e traumatologia pelo COT e se especializou em cirurgia em pé e tornozelo pelo IOT da FMUSP.

Uma testemunha que preferiu não se identificar relatou à CNN que o episódio foi rápido e assustador. Segundo ela, estava próximo do local, onde estava consumindo uma cerveja e fazendo uma refeição, quando começou a ouvir os disparos. Após notar que se tratava de tiros, correu para a orla da praia. Cerca de um minuto depois, retornou e percebeu que não havia sido um assalto, pois seus pertences ainda estavam na mesa. “Acredito que eram dois ou três atiradores. Foi tudo muito rápido e assustador, minha primeira experiência no Rio de Janeiro foi horrível”, afirmou a testemunha.

Esse crime chocou não apenas a família das vítimas, mas também a sociedade brasileira. A investigação está em andamento e espera-se que as autoridades responsáveis ajam com rapidez para solucionar o caso e levar os culpados à justiça. A morte desses médicos é uma perda para a área da saúde e uma tristeza para seus familiares e amigos.

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