No vídeo, é possível observar um homem exaltado proferindo palavras racistas. “Negro de m*rda”, grita o homem com sotaque espanhol. Em seguida, ele continua: “Negros tinham que continuar escravos, tem que ficar escravo por toda sua vida”.
De acordo com Rodrigo Montego, procurador da Comissão, o homem teria se enfurecido após esbarrar em uma pessoa negra na plataforma da estação. Montego também ressalta que o comportamento pode se enquadrar como um crime de racismo. A OAB-RJ já encaminhou o caso para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, com o objetivo de que o agressor seja punido.
O procurador também informou que será investigado se o homem é estrangeiro, devido ao seu sotaque, e qual é a sua situação legal no Brasil. “Caso ele seja condenado, a nossa intenção é que ele possa ser expulso do Brasil por estar aqui praticando crime”, afirmou Montego. “Vamos aguardar primeiro a identificação desse sujeito e depois todo o processo legal para que ele seja condenado por esse crime de ódio”.
A SuperVia, concessionária responsável pela estação de trem, emitiu uma nota informando que tomará as medidas cabíveis diante das autoridades competentes. “A SuperVia não compactua com nenhum tipo de discriminação e repudia veementemente as falas ditas neste vídeo. A concessionária vai tomar as medidas cabíveis perante as autoridades competentes. Em situações como essa, todos os colaboradores da SuperVia são orientados a registrar o caso para apuração interna e posterior registro perante os órgãos responsáveis”, informou a empresa.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, procurada pela CNN, afirmou que ainda não foi possível localizar o registro do incidente entre os casos registrados na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
Este caso de racismo no Rio de Janeiro evidencia a necessidade de combatermos e denunciarmos todas as formas de discriminação em nossa sociedade. É fundamental que as autoridades ajam de forma rápida e eficaz para punir devidamente o agressor e garantir que situações como essa não se repitam. A conscientização e a educação são pilares fundamentais para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária.
