No desdobramento do inquérito que investiga as agressões sofridas por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto de Roma, a Polícia Federal encontra-se diante de três versões conflitantes: a do próprio ministro agredido, a dos supostos bolsonaristas envolvidos nas agressões e a versão da própria PF.

Segundo o relato de Alexandre de Moraes, ele teria sido abordado por um grupo de manifestantes bolsonaristas que o hostilizaram verbalmente e, posteriormente, parte do grupo teria o agredido fisicamente. O ministro registrou um boletim de ocorrência na Polícia Federal relatando o episódio e foi encaminhado para atendimento médico.

Por sua vez, os supostos agressores argumentam que não houve nenhum tipo de hostilidade ou agressão física por parte deles. Eles afirmam que estavam no aeroporto apenas para manifestar seu descontentamento com as decisões recentes do STF, de forma pacífica e respeitosa.

Ao mesmo tempo, a Polícia Federal tomou depoimentos das partes envolvidas e analisou imagens do circuito de segurança do aeroporto. De acordo com a instituição, ainda não é possível confirmar a veracidade das alegações de ambas as partes, visto que há divergências significativas entre os relatos e as imagens analisadas até o momento.

O caso ganhou repercussão nacional e tem gerado debates acalorados sobre a liberdade de manifestação e os limites do direito à expressão. Além disso, o episódio reacende o debate sobre a interferência de grupos bolsonaristas nas instituições democráticas, levantando preocupações sobre os riscos à ordem pública e à integridade dos representantes do poder judiciário.

A partir de agora, a Polícia Federal continuará a investigação em busca de mais elementos que possam ajudar a esclarecer os fatos ocorridos no aeroporto de Roma. O inquérito segue em sigilo para preservar a integridade e a imparcialidade do processo.

Enquanto as divergentes versões sobre o incidente persistem, o caso serve como um lembrete da necessidade de valorizarmos o respeito às instituições democráticas e de promovermos um debate público saudável, baseado em argumentos e no respeito mútuo.