Fundos de preservação ambiental recebem doações da Suíça e dos Estados Unidos para proteção da Amazônia

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é responsável pela gestão do Fundo Amazônia, aprovou os contratos da Suíça, no valor de 5 milhões de francos suíços (cerca de R$ 30 milhões), e dos EUA, na quantia de US$ 3 milhões (cerca de R$ 15 milhões). Com isso, as doações somam cerca de R$ 45 milhões.
A Suíça havia anunciado sua adesão ao fundo em julho deste ano, durante um fórum de investimentos em Brasília. Já a participação dos EUA era aguardada desde abril, quando o presidente Joe Biden anunciou que o país pretende aplicar US$ 500 milhões no Fundo Amazônia nos próximos cinco anos.
Desde sua criação, o Fundo Amazônia já recebeu R$ 3,4 bilhões, que foram destinados para financiar mais de 102 projetos de preservação da floresta e promoção de atividades sustentáveis na Amazônia. O objetivo é apoiar ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de conservação e uso sustentável da região.
Os projetos já desenvolvidos pelo fundo beneficiaram aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 terras indígenas na Amazônia e 196 unidades de conservação. Tais números demonstram a importância e efetividade do fundo na região.
Vale ressaltar que o Fundo Amazônia passou por momentos de incerteza nos últimos anos. Durante o governo de Jair Bolsonaro, os dois comitês responsáveis pela gestão dos recursos foram extintos, o que impossibilitou o financiamento de projetos e a continuidade das doações. No entanto, o Supremo Tribunal Federal determinou em outubro de 2022 que a União reativasse o fundo, considerando a inconstitucionalidade da extinção dos comitês.
Desde a reinstituição dos comitês em janeiro de 2023 pelo presidente Lula, o Fundo Amazônia recuperou sua capacidade de receber recursos e continuar financiando projetos de preservação. Com as recentes doações dos EUA e da Suíça, o fundo se fortalece e reafirma sua importância na proteção da Amazônia. A expectativa é que outros países também se juntem à iniciativa nos próximos anos, contribuindo ainda mais para a preservação da maior floresta tropical do mundo.