DestaqueUOL

Primeira transação yuan-real ocorre entre Brasil e China, impulsionando comércio bilateral e diversificação de moedas

O Banco da China Brasil SA anunciou a realização da primeira transação comercial entre o Brasil e a China em circuito fechado utilizando as moedas locais, o yuan e o real. Essa operação pioneira foi feita com a Eldorado Brasil, empresa de São Paulo, que exportou celulose para a China. O embarque foi feito em agosto e a transação em moeda brasileira foi finalizada em setembro. Esse acordo foi possível devido à criação de uma “Clearing House” (câmara de compensação) que permite o fechamento de negócios e empréstimos entre os dois países sem a necessidade de usar o dólar.

Outras grandes empresas exportadoras brasileiras, como a Suzano e a Petrobras, também estão estudando a possibilidade de exportar para a China utilizando a moeda local, devido à demanda dos importadores chineses. Além disso, o presidente Lula tem defendido alternativas ao dólar, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, e o valor do dólar é influenciado por variáveis que fogem do controle do país.

Em outra notícia do mercado, a gestora Pátria anunciou a compra de uma posição majoritária na rede baiana Atakarejo, expandindo sua atuação para o setor de atacarejo, que teve um impulso durante a pandemia. Com essa aquisição, a Pátria entra em um setor que cresce significativamente no país, oferecendo preços de atacado para o varejo. O Atakarejo possui 28 lojas em Salvador e região metropolitana, além de dois centros de distribuição.

Por fim, a startup americana Incode, especializada em identificação digital e prevenção de fraudes, está abrindo um escritório no Brasil, onde já possui clientes como Nubank e Rappi. A empresa utiliza tecnologia própria e inteligência artificial para reduzir fraudes em transações financeiras, como a prova de vida, certificando a identidade das pessoas que estão abrindo contas. A Incode irá competir com a startup brasileira Unico no mercado brasileiro.

No aspecto internacional, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, demonstrou otimismo em relação ao avanço da inteligência artificial e prevê que os humanos poderão trabalhar apenas três dias e meio por semana. No entanto, ele ressaltou que uma das preocupações é o uso da IA para fins maliciosos. Apesar da substituição de empregos, Dimon acredita que isso já ocorreu com outras tecnologias no passado.

Em resumo, o mercado brasileiro está acompanhando o avanço das transações em moedas locais entre o Brasil e a China, a expansão da Pátria para o setor de atacarejo e a chegada da startup Incode ao país. Globalmente, a inteligência artificial continua a se desenvolver e a trazer desafios e oportunidades para o futuro do trabalho.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo