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Metroviários encerram greve contra privatizações do transporte público em São Paulo. Outras categorias também aderiram ao movimento.

Na noite de hoje (3), os metroviários decidiram encerrar a greve que afetou todas as operações nas linhas de transporte público da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). A paralisação, que teve início em protesto contra as privatizações do transporte público e do serviço de saneamento na cidade, foi aderida também pelos trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Nesta segunda-feira, quatro linhas operadas pelo Metrô e três linhas de trens da CPTM foram afetadas pela greve, enquanto outras duas linhas de trem funcionaram parcialmente. Apenas os ônibus municipais, duas linhas privatizadas do metrô e duas linhas de trem operadas pela Via Mobilidade permaneceram em funcionamento. No entanto, mesmo nessas linhas, ocorreram problemas, como no trecho da linha 9-Esmeralda da Via Mobilidade, que ficou inoperante durante a tarde.

A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, afirmou que a greve dos trabalhadores foi uma demonstração de força contra o governo de São Paulo e suas intenções de privatização. Durante a assembleia, ela ressaltou que a população apoiou a luta contra as privatizações e destacou a existência de editais de terceirização e um leilão programado para fevereiro de 2024. O governador Tarcísio de Freitas negou que o processo de privatização esteja concluído e afirmou que as decisões ainda não foram tomadas, garantindo que haverá consulta pública.

Com relação à greve dos trabalhadores da Sabesp, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do estado de São Paulo (Sintaema) informou que a paralisação será encerrada à meia-noite. Durante todo o dia, os trabalhadores realizaram piquetes e um grande ato na Sabesp da Ponte Pequena. O presidente do Sintaema, José Faggian, destacou que a greve é apenas uma etapa do processo de luta e que é importante continuar unificados até que todas as privatizações sejam derrotadas e os direitos essenciais da população sejam garantidos pelo Estado.

Apesar do fim da greve, é importante ficar atento às próximas ações e decisões relacionadas às privatizações do transporte público e do serviço de saneamento em São Paulo, pois ainda existem questões pendentes a serem discutidas e resolvidas. A participação da população e dos trabalhadores é fundamental nesse processo, para que as decisões tomadas estejam de acordo com os interesses da sociedade. O acompanhamento e engajamento são necessários para garantir um transporte público de qualidade e um serviço de saneamento eficiente no estado de São Paulo.

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