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De acordo com dados divulgados pelo Metrô, a maior parte das despesas é com pessoal, representando 59,8% da receita operacional bruta neste ano – um patamar ligeiramente superior ao registrado no ano passado, quando ficou em 58,8%.
Enquanto isso, a receita total teve um leve aumento de 1,75% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, descontada a inflação. No entanto, esse incremento não foi suficiente para reverter o déficit financeiro do Metrô.
Diversos fatores contribuem para a crise financeira enfrentada pela empresa, sendo um deles a queda de aproximadamente 20% no número de usuários desde o início da pandemia. Além disso, a tarifa do Metrô está congelada em R$ 4,40 desde janeiro de 2020.
Diante desse cenário, integrantes do governo de São Paulo, como o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, sugerem que a privatização das linhas de metrô seria uma forma de aliviar o peso financeiro do estado e possibilitar investimentos para a ampliação do sistema.
A ideia da privatização tem gerado uma série de protestos por parte dos metroviários, que temem a perda de empregos e a precarização dos serviços oferecidos. Essa disputa entre os trabalhadores e o governo tem colocado em foco não apenas a questão financeira do Metrô, mas também a qualidade do transporte público e a garantia dos direitos dos trabalhadores.
O Metrô de São Paulo é uma das principais formas de deslocamento na capital paulista, sendo utilizado diariamente por milhares de pessoas. Portanto, a resolução dos problemas enfrentados pela empresa é de extrema importância para a população e para o bom funcionamento da cidade.
Resta aguardar como essa disputa será resolvida e quais serão as medidas adotadas pelo governo e pelos metroviários para superar a crise financeira e garantir a sustentabilidade do transporte metroviário em São Paulo.