
Recentemente, a pesquisadora Aracele Tenório alertou para a presença da bactéria Enterobacter cloacae, que faz parte da microbiota intestinal, mas pode se tornar patogênica em ambientes hospitalares. A bactéria pode causar infecções em pacientes imunocomprometidos ou submetidos a procedimentos invasivos. A contaminação por Enterobacter cloacae pode causar endoftalmite, que é a inflamação interna do olho, sendo uma situação bastante preocupante.
Aracele Tenório levanta a hipótese de que a contaminação no caso estudado possa ter ocorrido através de material cirúrgico, destacando a gravidade da contaminação direta em um órgão vital como o olho. A pesquisadora ressalta a importância de uma investigação minuciosa para entender as causas e prevenir novos casos semelhantes.
A partir de uma pesquisa solicitada para este artigo, Aracele Tenório identificou que casos de infecção ocular por Enterobacter cloacae são raros, sendo o mais recente noticiado em 1998, quando quatro vítimas foram afetadas em um hospital de Londres. O tratamento desses pacientes envolveu antibióticos intravítreos e esteroides, porém os danos causados foram consideráveis, resultando em perdas parciais ou totais da visão para a maioria dos pacientes.
Aracele Tenório ressalta que a infecção ocular por Enterobacter cloacae e outros bacilos gram-negativos é caracterizada por seu início agudo, progressão rápida e resultados visuais finais geralmente desfavoráveis. Mesmo com tratamentos adequados, os danos oculares e a perda de visão podem ser irreversíveis, tornando essa uma doença devastadora que requer atenção especial da comunidade médica.