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Unesco promove oficina no Rio para combate ao tráfico de bens culturais com participação de países da América Latina e Caribe

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) iniciou nesta segunda-feira (2) no Rio de Janeiro a Oficina Regional de Capacitação para o Combate ao Tráfico Ilícito de Bens Culturais e Promoção de Museus. O evento, que se estenderá até o dia 4, tem como objetivo compartilhar conhecimentos e experiências para fortalecer a prevenção e o combate ao tráfico de bens culturais.

A oficina conta com a participação de representantes de países da América Latina, Caribe, África e Europa. A iniciativa é realizada pela Unesco em parceria com o Ministério de Relações Exteriores (MRE), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Vale ressaltar que o evento é fechado à imprensa e ao público.

Marlova Noleto Marlova, diretora da Unesco no Brasil, destacou a importância da articulação entre diferentes instituições – como polícias, aduanas e organizações judiciais – no combate ao tráfico ilícito de bens culturais. Ela afirmou que o trabalho realizado pela Unesco consiste em fortalecer as redes de diálogo e atuação conjunta, tanto em âmbito nacional quanto internacional.

A programação da oficina abordará diversos temas relevantes, tendo como base a Convenção da Unesco de 1970, que trata sobre a proibição da importação, exportação e transferência de propriedades ilícitas de bens culturais. A diretora ressaltou que a capacitação contempla todos os aspectos da convenção, proporcionando conhecimento e habilidades aos países e operadores das políticas culturais.

Leandro Grass, presidente do Iphan, destacou a importância de combater o tráfico de bens culturais por meio de informação e capacitação. Ele ressaltou que muitos casos de tráfico ocorrem devido à desinformação e desconhecimento sobre o assunto. Grass também mencionou a necessidade de se construir uma estrutura adequada no Brasil para monitorar o tráfico de bens culturais, a fim de dar o exemplo para outros países.

Durante os três dias de evento, especialistas brasileiros e de outros países discutirão instrumentos normativos internacionais relacionados ao tráfico ilícito de bens culturais, trocarão experiências sobre as medidas adotadas para conter essa atividade ilegal e debaterão sobre o papel das instituições judiciais, policiais e alfandegárias na proibição e prevenção do tráfico.

Além disso, o Código de Ética do Conselho Internacional de Museus (ICOM), as normas internacionais de identificação de objetos e as regras para inventário, manuseio e armazenamento de bens culturais serão temas discutidos pelos participantes.

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