Projeções econômicas para 2023 no Brasil ficam estáveis, com expectativa de crescimento do PIB e inflação acima da meta.

No segundo trimestre de 2023, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,9% em comparação com os primeiros três meses do ano, superando as projeções. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 3,4%. No acumulado de 12 meses, o PIB apresentou um aumento de 3,2%, e no primeiro semestre deste ano, a alta acumulada foi de 3,7%.
Quanto à inflação, a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano permaneceu em 4,86%. Para 2024, a estimativa subiu de 3,86% para 3,87%, e para os anos de 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para ambos os anos. Vale ressaltar que a estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
De acordo com o último Relatório de Inflação do BC, há uma probabilidade de 67% de o índice oficial de inflação superar o limite superior da meta em 2023. A projeção para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta, fixada em 3%. No mês de agosto, o IPCA foi de 0,23%, influenciado pelo aumento do custo da energia elétrica.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano, mas o BC cortou os juros pela segunda vez no semestre e planeja realizar cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. O Copom reforçou a necessidade de manter uma política monetária contracionista para garantir a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025.
As projeções do mercado financeiro indicam que a Selic encerrará 2023 em 11,75% ao ano e que a taxa básica cairá para 9% ao ano até o fim de 2024. Para os anos de 2025 e 2026, a previsão é de que a Selic se mantenha em 8,5% ao ano. A taxa de juros interfere na demanda, uma vez que juros mais elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança, enquanto juros mais baixos incentivam a produção e o consumo, estimulando a atividade econômica.
Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar é de R$ 4,95 para o fim deste ano e R$ 5,02 para o fim de 2024. É importante destacar que essas projeções são constantemente atualizadas, e diversos fatores podem influenciar o comportamento dos indicadores econômicos ao longo do tempo.