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Eleições para Conselheiros Tutelares ocorrem neste domingo em todo o Brasil. A escolha dos representantes é fundamental para garantir os direitos das crianças e adolescentes.

Neste domingo (1º), milhares de eleitores de todo o país se dirigirão às urnas para exercer seu direito de escolher os conselheiros tutelares que irão atuar em seus municípios. Ao todo, serão escolhidos 30,5 mil conselheiros, que têm como missão assegurar que os direitos das crianças e adolescentes sejam respeitados.

Os conselhos tutelares existem há mais de três décadas e foram criados a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com o objetivo de fiscalizar a garantia dos direitos previstos na lei. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador-geral de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Diego Alves, ressaltou a importância da escolha dos conselheiros e a necessidade de mobilização popular.

Segundo Alves, a escolha de um conselheiro tutelar adequado pode ser a diferença entre a vida e a morte para quem necessita de atendimento. Crianças que sofrem violações constantes, negligência e não recebem o atendimento adequado ou são atendidas por conselheiros não capacitados estão em risco. Em alguns casos, essas crianças acabam falecendo devido à falta de ações efetivas por parte dos órgãos responsáveis.

O Conselho Tutelar é essencial para a proteção das crianças e adolescentes, sendo responsável por garantir que seus direitos sejam efetivados. Além disso, é um órgão democrático, eleito pela sociedade para representar os interesses das comunidades, atender as crianças, orientar as famílias e articular a rede de proteção.

O governo, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, tem acompanhado de perto o processo eleitoral dos conselheiros tutelares, buscando melhorias e maior transparência. Foram lançados guias para orientar os conselhos municipais responsáveis pela organização das eleições, além da criação de um grupo de trabalho para acompanhar o processo em todas as etapas.

Um dos desafios dos conselhos tutelares é o reconhecimento, valorização e fortalecimento por parte da sociedade. Muitas pessoas desconhecem as atribuições desses órgãos e, em alguns casos, há desvio de função por parte dos conselheiros. É necessário que haja uma atuação diligente na identificação, denúncia e responsabilização das violações de direitos, como a violência sexual e o trabalho infantil.

O Ministério dos Direitos Humanos está implementando políticas de formação para os conselheiros tutelares, visando aprimorar suas habilidades e conhecimentos. A retomada do programa Escola de Contextos, que prevê formação continuada, é uma das ações em andamento. O governo irá investir mais de R$ 5 milhões neste programa e busca fortalecer a rede de atendimento para crianças e adolescentes, integrando os conselhos tutelares com outros órgãos do sistema de garantia de direitos.

Desta forma, a eleição de conselheiros tutelares é crucial para a proteção dos direitos das crianças e adolescentes. A escolha de representantes capacitados e engajados na defesa desses direitos pode fazer toda a diferença na vida desses indivíduos vulneráveis. É fundamental que os brasileiros saiam de casa para votar e contribuam para uma sociedade mais justa e protegida.

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