Agência BrasilDestaque

Clínica de reabilitação em São Paulo é investigada após morte de interno e falta de alvará de funcionamento.

No último dia 25, um internado de 39 anos foi morto na clínica de reabilitação Kairos Prime, localizada em Embu-Guaçu, região metropolitana de São Paulo. O crime chocou a cidade e chamou atenção para a falta de regularização do estabelecimento. Documentos divulgados pela prefeitura revelam que a clínica não possuía alvará de funcionamento, tendo o pedido sido indeferido em maio de 2023 por falta de apresentação do Alvará da Vigilância Sanitária e de outros documentos.

A prefeitura emitiu uma nota informando que a clínica estava operando em condições irregulares, evidenciando a falta de fiscalização. O governo municipal também destacou que o objetivo é reforçar a fiscalização de todas as instituições que operam à margem da lei na cidade, para evitar que acontecimentos como esse se repitam.

Essa não é a primeira vez que a clínica Kairos Prime é palco de um crime violento. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou que outra morte ocorreu na instituição em março deste ano, quando um homem de 27 anos foi encontrado morto, também com sinais de violência no pescoço. Na ocasião, três funcionários da clínica foram presos em flagrante. A prefeitura só foi informada dessa morte em setembro, por meio de um ofício da Polícia Civil.

Ainda mais preocupante é o fato de que o proprietário da clínica, Ueder Santos de Melo, é investigado por essas duas mortes. Além disso, outras unidades da Grande São Paulo, em que ele consta como sócio, também têm registros de casos de violência. Em Juquitiba, por exemplo, ocorreram quatro casos, incluindo lesão corporal e tortura. As unidades de São Lourenço da Serra também apresentaram ocorrências graves, como um caso de lesão corporal e um desaparecimento.

A Polícia Civil está atuando para esclarecer todas as circunstâncias desses casos e punir os envolvidos. Até o momento, oito funcionários foram presos. A prefeitura de Embu-Guaçu iniciou uma força-tarefa para investigar as clínicas de reabilitação na região, contando com profissionais da Assistência Social, Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e o Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas.

A falta de fiscalização e regularização dessas instituições é extremamente preocupante, colocando em risco a integridade e a vida dos internos. É fundamental que as autoridades intensifiquem as ações de fiscalização e punição dos responsáveis por essas clínicas irregulares, para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes que buscam ajuda para superar os vícios.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo