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Dólar supera barreira de R$ 5 após quatro meses e bolsa tem pequena recuperação em sequência de quedas.

O dólar voltou a superar a barreira de R$ 5 pela primeira vez em quatro meses, influenciado por fatores externos e domésticos. O dólar comercial fechou esta quarta-feira vendido a R$ 5,048, com alta de 1,22%. Ao longo do dia, a cotação ficou acima de R$ 5, chegando a R$ 5,08 no momento de maior valor durante a sessão.

Com esse desempenho, o dólar atingiu seu maior nível desde maio deste ano e acumula alta de 1,96% em setembro. Entretanto, no acumulado de 2023, a divisa caiu 4,93%.

Enquanto isso, na bolsa de valores o dia foi de pequena recuperação, encerrando uma sequência de cinco quedas. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 114.327 pontos, com uma leve alta de 0,12%. O destaque ficou para as ações de petroleiras, mineradoras e companhias aéreas, que tiveram fortes altas. Por outro lado, papéis de bancos e varejistas apresentaram queda.

Essa foi a terceira alta consecutiva do dólar, que iniciou essa sequência após o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, indicar a possibilidade de elevar os juros básicos nos Estados Unidos pelo menos uma vez até o fim do ano. Essa medida visa conter a inflação e o aquecimento da maior economia do planeta.

Além disso, as taxas de longo prazo dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo, atingiram o maior nível desde 2013. Esse cenário de juros altos nas economias avançadas pressiona a fuga de capitais de países emergentes, incluindo o Brasil.

A expectativa de uma nova elevação dos juros nos Estados Unidos, aliada ao atual ciclo de queda da taxa Selic no Brasil, também contribui para a valorização do dólar. Apesar de serem uma das maiores do mundo, a diferença entre as taxas brasileiras e norte-americanas está diminuindo. Além disso, as dificuldades do governo em cumprir a promessa de zerar o déficit primário no próximo ano também aumentam o pessimismo entre os investidores.

É importante ressaltar que a Agência Brasil está divulgando matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em ocasiões extraordinárias, não informando mais diariamente a cotação do dólar e o nível da bolsa de valores.

Em suma, a alta do dólar frente ao real reflete uma conjuntura de fatores, tanto internos quanto externos, que estão impactando a economia brasileira. O mercado continua acompanhando de perto os desdobramentos dessas variáveis, buscando maneiras de se adaptar e minimizar os impactos negativos.

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