O errado não pode virar paisagem: ex-subprefeita de Jacarepaguá se candidata a vereadora para transformar a realidade do Rio.


Fui subprefeita de Jacarepaguá por dois anos e quatro meses. Durante meu mandato, percorri incansavelmente cada canto da região e me deparei com uma grande deficiência de serviços básicos. Ruas sem asfalto, valões que deveriam ser praças, falta de passarelas próximas às escolas, comércio irregular ocupando calçadas, construções ilegais, acumulação de lixo e falta de transporte público. Era nítido que o errado estava se tornando parte da paisagem cotidiana.
Os moradores expressavam insatisfação com a situação, e eu percebia que as pessoas estavam tão descrentes que já consideravam essas adversidades como parte normal do dia a dia, como algo que não poderia ser mudado.
Diante disso, iniciamos um intenso trabalho para revitalizar diversos espaços. Com o apoio da Prefeitura do Rio, demolimos construções irregulares que representavam riscos para a população e atraíamos empresas para apoiar projetos de melhoria, como a transformação de áreas antes ocupadas por usuários de drogas em unidades da Comlurb. Essas ações foram vitórias importantes para a região.
Percorrendo diversas comunidades, como Praça Seca, Taquara, Freguesia, Pechincha, Anil, Curicica, Valqueire, Cidade de Deus e Gardênia, pude constatar que a paisagem urbana ainda carece de muitas melhorias. Lixo acumulado, ruas esburacadas, passarelas em estado precário e falta de iluminação são apenas alguns dos problemas enfrentados. A ausência de manutenção adequada tem contribuído para a perpetuação desses cenários perigosos.
Além dos desafios relacionados à infraestrutura, a região enfrenta a expansão do tráfico de drogas, o aumento do poder das milícias e o crescimento da violência, que tem gerado um clima de medo entre os moradores e visitantes.
Decidida a promover mudanças significativas, resolvi me candidatar a vereadora nas próximas eleições, com a convicção de que “o errado não pode virar paisagem”. É fundamental ter coragem e determinação para enfrentar os problemas de frente, ouvindo a população, fiscalizando as ações do poder público e agindo em prol do bem comum.
Acredito que a democracia deve ser participativa, transparente e envolver um diálogo constante entre os representantes políticos e a sociedade. Como futura vereadora, pretendo incentivar essa interação, promovendo a aproximação da população com o Poder Legislativo e Executivo, visando sempre o benefício coletivo.
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