Presidente Lula pede libertação de Julian Assange, acusado de espionagem nos EUA

Assange aguarda a decisão do Supremo Tribunal de Londres que ocorrerá nesta segunda-feira (20), e que poderá resultar em sua extradição para os EUA. O jornalista enfrenta 18 acusações com base na Lei de Espionagem dos EUA, podendo ser sentenciado a até 175 anos de prisão. As acusações se referem à divulgação de 250 mil documentos confidenciais que expuseram crimes de guerra e abusos de direitos humanos durante as guerras no Afeganistão e no Iraque.
A extradição de Assange tem gerado críticas de organizações de jornalistas e entidades de direitos humanos. A campanha FreeAssange, liderada pela esposa do jornalista, Stella Assange, considera as acusações como politicamente motivadas e um ataque à liberdade de imprensa. A Anistia Internacional classificou a possível extradição como um ataque devastador à liberdade de imprensa, destacando a importância da publicação de informações de interesse público.
O ex-relator especial das Nações Unidas sobre Tortura, Nils Melzer, também se manifestou contra a extradição de Assange, alertando para as consequências que um possível julgamento poderia ter para a liberdade de imprensa. Melzer afirmou que condenar Assange representaria um sério golpe ao estado de direito no ocidente e um risco para jornalistas em todo o mundo.
Diante desse cenário, a comunidade internacional observa com atenção o desfecho do caso de Julian Assange, que está no centro de um debate crucial sobre liberdade de imprensa, direitos humanos e poder político. A decisão do Supremo Tribunal de Londres terá repercussões significativas e poderá definir os rumos da liberdade de expressão e do jornalismo no cenário global.