
O excesso de prédios e asfalto nessas áreas aumentam a sensação térmica e a ausência de árvores contribui para o desconforto. No início da tarde, o Minhocão estava praticamente vazio, com apenas algumas pessoas buscando abrigo nas áreas sombreadas pelos prédios. Por conta do calor, muitos paulistanos optaram por evitar o local, já que as fotos que circulam das redes sociais mostram o elevado sempre cheio de pessoas praticando diversas atividades.
A estudante Larissa Souza, de 23 anos, ficou surpresa com a falta de frequentadores no Minhocão durante sua visita à cidade. Ela ressaltou que o calor é muito mais forte no elevado, pois a falta de árvores e o asfalto emitem muito calor, tornando o ambiente desagradável.
Na avenida Paulista, a ciclofaixa, que costuma ser bastante movimentada aos domingos, estava tranquila, diferente dos congestionamentos de bicicletas observados em dias comuns. O vendedor de água de coco Guilherme Silva, de 19 anos, reclamou da falta de movimento e afirmou que, em um domingo normal, já teria vendido todas as 400 unidades de coco que costuma trazer semanalmente. Ele acredita que o calor afastou os frequentadores habituais da avenida.
No Vale do Anhangabaú, o sol escaldante também afastou os visitantes. A maioria das pessoas optou por não frequentar o espaço aberto debaixo do sol intenso. Além disso, os chafarizes instalados no chão, que poderiam amenizar a sensação térmica, estavam desligados.
Os paulistanos têm enfrentado uma série de altas temperaturas nas últimas semanas do inverno, que deu lugar à primavera no último sábado (23) às 3h50. Este inverno foi considerado o mais quente desde 1961, com uma média de temperatura de 26° C, superando o recorde do ano de 1961, que foi de 25,2° C. A previsão é que a onda de calor continue atuando até quarta-feira (27), quando as chuvas isoladas devem retornar, trazendo um alívio para o calorão.