Agência BrasilDestaque

Movimentos sociais, sindicatos e entidades organizam plebiscito popular contra privatização de empresas públicas em São Paulo

Na tarde desta quinta-feira (21), movimentos sociais, sindicais e entidades representativas dos trabalhadores das companhias de saneamento básico, trens metropolitanos e metropolitano de São Paulo realizaram mais um dia de votação do plebiscito popular contra a privatização dessas três empresas, atualmente geridas pelo poder público.

O plebiscito, que teve início no dia 5 deste mês, conta com dezenas de locais de votação espalhados por todo o estado de São Paulo. E nesta quinta-feira, um novo ponto de coleta foi aberto em frente à estação Lapa da CPTM, situada na região oeste da capital paulista.

A presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, explicou a importância dessa iniciativa: “O plebiscito abre a possibilidade para as pessoas dizerem se são a favor de passar essas empresas para a iniciativa privada”. A lista completa dos locais de votação pode ser encontrada no site contraprivatizacao.com.

Além do plebiscito, que ocorrerá até o dia 5 de novembro, os trabalhadores das companhias de metrô, trens metropolitanos e saneamento básico aprovaram a realização de uma greve conjunta de 24 horas no próximo dia 3 de outubro, como forma de protesto contra a privatização das empresas.

Essa mobilização dos trabalhadores tem como objetivo dar voz àqueles que serão os mais afetados por uma eventual privatização das companhias. Os trabalhadores temem a perda de seus empregos, a precarização das condições de trabalho e a redução da qualidade dos serviços prestados à população.

A privatização das empresas públicas tem sido uma pauta recorrente nos setores político e econômico do país. Defensores dessa medida alegam que a iniciativa privada seria mais eficiente na gestão das companhias e que a concorrência traria melhores resultados. Porém, os trabalhadores e movimentos sociais acreditam que a privatização seria prejudicial à população, uma vez que o objetivo principal de uma empresa privada é o lucro, o que poderia gerar aumento das tarifas e falta de investimentos em áreas mais vulneráveis.

Os trabalhadores esperam que o resultado do plebiscito popular seja ouvido pelas autoridades e que a privatização das companhias seja reconsiderada em nome do bem-estar da população e dos próprios funcionários.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo