
Segundo Dino, a PRF ainda não tem certeza do número exato de agentes presentes na abordagem, mas informou que várias equipes foram enviadas ao local. “Uma equipe de Direitos Humanos da polícia foi enviada, assim como uma equipe para realizar a perícia no veículo”, afirmou o ministro. Os PADs têm como objetivo investigar se a presença de alguns agentes da PRF na cena do crime estava de acordo com as obrigações da corporação.
“Com esse PAD, pretendemos analisar as circunstâncias e determinar quantos agentes estiveram presentes na ocasião, bem como se suas ações estavam de acordo com a lei ou se houve algum comportamento inadequado, como ameaças à família”, explicou Dino. A criança ficou internada por nove dias antes de falecer no último sábado (16). O incidente ocorreu quando Heloisa foi atingida por disparos dentro do carro da família, na região de Seropédica, na Baixada Fluminense.
Os agentes envolvidos na abordagem foram identificados como Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. A morte de Heloisa gerou grande comoção na sociedade, levantando debates sobre o uso da força por parte das forças de segurança e a necessidade de uma rigorosa investigação para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.
Diante desse contexto, o ministro Flávio Dino ressaltou a importância da transparência e do rigor nas investigações. “É fundamental que possamos separar as circunstâncias deste trágico episódio através desses PADs, identificando aqueles agentes que agiram corretamente e aqueles que, eventualmente, cometeram irregularidades ou abusos de poder”, destacou o ministro.
As investigações dos PADs serão conduzidas com o intuito de trazer respostas conclusivas sobre a morte de Heloisa e sobre a conduta dos agentes da PRF. A sociedade brasileira aguarda ansiosamente por justiça e pela adoção de medidas efetivas para prevenir futuros episódios lamentáveis como esse.