Justiça nega prisão de agentes da PRF envolvidos na morte de criança e determina medidas cautelares
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Em vez de determinar a prisão, a Justiça determinou que os agentes usem tornozeleiras eletrônicas e sejam afastados de suas funções policiais, além do recolhimento de suas armas. Além disso, eles estão proibidos de se aproximar dos familiares de Heloísa. A PRF informou que cumprirá todas as determinações judiciais.
No dia 7 de setembro, a triste ocorrência ocorreu enquanto a família da menina passava pelo Arco Metropolitano do Rio de Janeiro. O veículo em que estavam foi alvejado por tiros, atingindo Heloísa no crânio, pescoço e ombro. A família afirma que os disparos foram efetuados pela própria PRF. Infelizmente, após lutar pela vida durante oito dias, a pequena Heloísa faleceu na manhã de sábado.
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrava em Cuba para participar da Cúpula do G77, quando se pronunciou nas redes sociais sobre a trágica morte da menina Heloísa. Segundo Lula, ela foi atingida por tiros provenientes de quem deveria zelar pela segurança da população.
“Morreu hoje a pequena Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população. Algo que não pode acontecer. A dor de perder uma filha é tão grande que não tem nome para essa perda. Não há o que console. Meus sentimentos e solidariedade aos pais e demais familiares”, escreveu Lula.
É importante ressaltar que a decisão da Justiça em não decretar a prisão dos agentes da PRF envolvidos na morte de Heloísa causou indignação e revolta em grande parte da população, que espera por uma investigação rigorosa e justiça para o caso. O Ministério Público Federal, diante desse posicionamento, pode recorrer para que as medidas cabíveis sejam tomadas.