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A investigação teve início há um ano, após denúncia realizada pela própria prefeitura. As apurações revelaram que um servidor público identificado como Nelson Ribeiro do Nascimento, lotado na coordenadoria de controle urbano da Secretaria de Fazenda do município, estava exigindo 10% das mensalidades de todos os alunos das escolinhas para autorizar a realização das atividades esportivas na praia. Além disso, ele também solicitava a prestação de contas e a lista de presença dos alunos, alegando que toda a área pública da praia estava sob sua supervisão.
A 23ª Vara Criminal da capital determinou o afastamento imediato de Nelson de suas funções de fiscalização. Durante a operação, foram apreendidos telefones, documentos e equipamentos eletrônicos na residência do servidor público. As investigações ainda estão em curso para verificar a possível participação de outros funcionários públicos e identificar todas as vítimas das extorsões.
A Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro informou, por meio de nota, que as investigações da Polícia Civil foram iniciadas a partir de uma notícia-crime apresentada pelo secretário Brenno Carnevale, solicitando a abertura de um inquérito. A pasta recebeu denúncias dos professores das escolinhas esportivas.
A equipe da CNN entrou em contato com a defesa de Nelson, mas até o momento não obteve resposta.
Em notícia relacionada, um ônibus foi incendiado durante um protesto contra as mortes ocorridas no Rio de Janeiro. Para assistir ao vídeo completo do incidente, clique no link disponibilizado no final deste artigo.
É importante destacar que a prática de extorsão por parte de agentes públicos é um crime grave que prejudica tanto os empreendedores quanto a imagem do poder público. A ação da Polícia Civil e a atuação da Secretaria de Ordem Pública demonstram a necessidade de combater essa prática ilegal e garantir a lisura nas ações realizadas pela prefeitura. As investigações devem prosseguir para responsabilizar todos os envolvidos e promover a justiça.