Sessão solene na Câmara homenageia 3ª Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília

Em uma sessão solene realizada no Plenário da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (11), foi prestada homenagem à 3ª Marcha das Mulheres Indígenas. Com o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais”, a marcha está acontecendo em Brasília até quarta-feira (13).

A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, destacou a importância das mulheres indígenas na reconstrução do país. Ela ressaltou que as mulheres indígenas fazem parte da sociedade brasileira, mas que falta representatividade, ocupação de espaços e participação na tomada de decisões. Joenia comemorou a presença das mulheres indígenas no Plenário da Câmara e cobrou investimentos e oportunidades para que elas possam levar suas ideias adiante.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou que o tema da marcha está relacionado à luta pela existência. Ela considera uma vitória a presença de mulheres indígenas no Executivo e no Legislativo e se comprometeu a trabalhar pela ampliação da chamada “bancada do cocar” para os legislativos estaduais. A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) apresentou um projeto de lei para combater a violência contra mulheres indígenas e destacou a importância das mulheres indígenas no Parlamento.

Representantes de comunidades indígenas protestaram contra o garimpo em áreas indígenas e contra a instalação de hidrelétricas em seus territórios. A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou a atuação das deputadas indígenas na Câmara e protestou contra o marco temporal, uma proposta em discussão no Supremo Tribunal Federal e no Senado. A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, destacou o compromisso do governo federal e do presidente Lula com a vida das mulheres indígenas e negras.

Representantes de diferentes biomas também participaram da sessão, defendendo a aprovação de propostas que visam a preservação desses ecossistemas. No final da sessão, a reportagem entrevistou a deputada Cristiane Pankararu, representante do bioma Caatinga, que defendeu a aprovação da proposta que transforma o Cerrado e a Caatinga em patrimônio nacional.

A sessão solene proporcionou um espaço importante para as mulheres indígenas exporem suas demandas e lutarem por seus direitos. Foi uma oportunidade para destacar a importância da participação dessas mulheres na tomada de decisões e para dar visibilidade às questões enfrentadas pelas comunidades indígenas. A luta pela preservação dos biomas e combate à violência também foram temas abordados durante a sessão.

Em um momento em que a questão ambiental está cada vez mais em pauta, a presença das mulheres indígenas no debate é fundamental para garantir uma visão mais ampla e diversa sobre a proteção e preservação dos recursos naturais. Espera-se que a 3ª Marcha das Mulheres Indígenas tenha um impacto significativo na conscientização da sociedade e na formulação de políticas públicas mais inclusivas.

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