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Senador Marcos do Val critica atuação “arbitrária e política” do ministro Alexandre de Moraes do STF

O senador Marcos do Val, do partido Podemos do Espírito Santo, fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em um pronunciamento nesta segunda-feira (11). De acordo com o parlamentar, o ministro tem agido de maneira arbitrária e política, utilizando suas prerrogativas para perseguir opositores e proteger autoridades do atual governo.

As declarações de Marcos do Val se baseiam em um documento divulgado pela revista Veja, no qual a Vice-Procuradoria-Geral da República destaca diversas irregularidades cometidas pelo magistrado na condução de inquéritos em andamento no STF.

“Nesse documento consta uma ampla lista de ilícitos que, em total descumprimento da Constituição Federal, vêm sendo cometidos pelo ministro”, ressaltou o senador. “O ministro não tem poupado esforços para blindar as autoridades que atualmente ocupam postos na República de investigações ou indiciamentos. Esse é o caso, por exemplo, do ministro da Justiça, Flávio Dino, e sua possível omissão e prevaricação em relação aos ataques do dia 8 de janeiro”, enfatizou.

De acordo com Marcos do Val, ele próprio é vítima das ações determinadas por Alexandre de Moraes, como o bloqueio de suas redes sociais e a operação da Polícia Federal em seu gabinete. O senador informou que já recebeu o apoio de 40 colegas parlamentares e anunciou que está trabalhando para articular a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o ministro.

“Se conseguimos 40 assinaturas para mostrar indignação quanto à ação do ministro Alexandre de Moraes referente ao meu caso, facilmente nós vamos conseguir nos unir. O Senado está unido. Nós estamos trabalhando nos bastidores para que possamos apresentar um pedido de CPI para o STF, com foco no Alexandre de Moraes. E aqui fica a minha solicitação aos outros dez ministros no sentido de que possam entender que, compactuando com o que está acontecendo, estão também sujando a imagem do STF”, concluiu Marcos do Val.

A Agência Senado autoriza a reprodução deste conteúdo mediante citação da fonte (Agência Senado).

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