Mulheres indígenas se reúnem em Brasília para defender direitos e preservação das culturas ancestrais em 3ª Marcha das Mulheres Indígenas.
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O encontro contará com a presença de mulheres indígenas de todo o país, que se reunirão no Eixo Cultural Ibero-Americano, localizado na área central da capital federal. Durante os três dias de evento, estão programadas diversas atividades, como plenárias, grupos de trabalho e ações culturais.
Uma das principais pautas da marcha é a luta contra o garimpo ilegal, além da reivindicação pela demarcação de terras indígenas e pela formação política de representação indígena nos espaços de poder. As participantes também terão a oportunidade de dialogar com autoridades sobre as demandas das comunidades indígenas, por meio da entrega de uma carta de reivindicações.
A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) é a organizadora do evento e destaca a importância da luta pelos direitos das mulheres indígenas. Segundo a Anmiga, as mulheres indígenas enfrentam diversos desafios e injustiças ao longo de suas vidas, mas se recusam a ser silenciadas. Elas exigem acesso a cuidados de saúde de qualidade, educação e oportunidades econômicas, além da proteção da terra e dos recursos naturais.
Além das lideranças indígenas do Brasil, o evento contará com a presença de representantes do movimento de mulheres indígenas de outros países, como Peru, Estados Unidos, Malásia, Rússia e Nova Zelândia. A diversidade de participantes demonstra a universalidade das questões enfrentadas pelas mulheres indígenas, como o acesso à terra, a violência de gênero, a discriminação e a luta pela autonomia e empoderamento.
Vale ressaltar que esta será a terceira edição da Marcha das Mulheres Indígenas. A primeira ocorreu em 2019, com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”, enquanto a segunda edição foi realizada em 2021 com o tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”.
A Marcha das Mulheres Indígenas é um importante momento de união e luta pelos direitos das mulheres indígenas, além de ser uma oportunidade de fortalecer as culturas indígenas e defender a biodiversidade do Brasil. O evento mostra a determinação e a resistência das mulheres indígenas, que continuam lutando contra as injustiças e buscando um futuro melhor para suas comunidades.