Autoridades alertam para o perigo de soltar balões durante as festas juninas: prática é considerada crime ambiental e pode causar incêndios e acidentes.

Os riscos envolvidos nessa atividade irresponsável são inúmeros. Os balões juninos, inflamáveis e não tripulados, representam grandes ameaças quando caem e provocam incêndios na vegetação ou em residências. Recentes incidentes em São Vicente, no litoral de São Paulo, e no Parque Estadual do Jaraguá, na capital paulista, alertam para a gravidade desses episódios.
O impacto negativo da soltura de balões não se restringe apenas aos incêndios, mas também atinge a rede elétrica, interferindo no fornecimento de energia para milhares de pessoas. A Enel Distribuição São Paulo registrou 30 ocorrências com balões na região metropolitana, resultando em interrupções no serviço para mais de 6 mil clientes.
Além dos danos à vegetação e à infraestrutura, os balões representam uma ameaça à aviação civil. Colisões com aeronaves podem ocorrer devido à dificuldade dos radares em detectar os balões, especialmente em condições meteorológicas desfavoráveis. O Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, intensificou ações de conscientização e alerta para a população sobre os perigos dessas práticas ilegais.
De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), as cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba lideram as estatísticas de ocorrências com balões. Um levantamento recente apontou 186 registros no país nos primeiros cinco meses do ano. Os controladores de tráfego aéreo estão atentos a essas situações, notificando os operadores e pilotos sobre a presença de balões nas proximidades.
Diante de tantas evidências e relatos sobre os perigos envolvendo a soltura de balões, a conscientização e o respeito às leis ambientais se tornam ainda mais essenciais durante o período das festas juninas. A segurança e a preservação do meio ambiente dependem do cumprimento das normas e do exercício da cidadania por parte de todos os envolvidos.