
O caso ocorreu no último domingo (3) e foi direcionado a Otoniel da Silva Lopes, de 42 anos. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram Ana Cláudia agredindo e proferindo palavras racistas contra o vigia, chamando-o de “preto, marginal e favelado”.
De acordo com a decisão de soltura, a suspeita irá responder ao processo em liberdade, mas precisará cumprir medidas cautelares estabelecidas pela Justiça, incluindo a apresentação mensal ao poder judiciário fluminense e a proibição de contato com a vítima e testemunhas, além da proibição de frequentar o hospital onde ocorreu o episódio.
A prisão de Ana Cláudia aconteceu em flagrante após a denúncia de Otoniel, que relatou ter sido vítima de agressões racistas por parte da suspeita. A equipe da CNN tentou entrar em contato com Ana Cláudia, porém, não obteve resposta.
A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro para confirmar se a suspeita foi liberada, mas aguarda retorno.
Entenda o caso
No domingo (3), Otoniel da Silva Lopes estava trabalhando no Hospital Casa São Bernardo quando foi agredido por Ana Cláudia Arantes Cardoso. Otoniel contou à CNN que a suspeita estacionou o veículo em uma vaga destinada às ambulâncias e se recusou a retirá-lo mesmo após o pedido de outros seguranças.
Ao solicitar novamente a retirada do carro, Ana Cláudia tentou atropelar o vigia, mas acabou atingindo cones de segurança de trânsito. Otoniel relatou: “Ela estava gritando que deveriam entregar o telefone e o cordão de ouro dela e começou a agredir os agentes. Eu tomei frente da situação e ela começou a me agredir e a me chamar de ‘preto, marginal, favelado, safado’. Foi uma situação bem difícil e constrangedora.”
Vídeos feitos por testemunhas mostram as agressões e os xingamentos racistas direcionados ao vigia. A Polícia Civil foi acionada e realizou a prisão em flagrante. Segundo o processo, o crime cometido foi de “injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional”.
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Sob supervisão de Giovanna Bronze