Preço da cesta básica de alimentos cai em 16 capitais no mês de agosto, aponta pesquisa.
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A cidade de Porto Alegre foi a capital onde o custo dos alimentos básicos foi o mais alto, com uma cesta básica no valor de R$ 760,59. Em seguida vieram São Paulo, com R$ 748,47; Florianópolis, com R$ 743,94; e Rio de Janeiro, com R$ 722,78. Por outro lado, os menores valores foram registrados em Aracaju, com R$ 542,67; João Pessoa, com R$ 565,07; e Salvador, com R$ 575,81.
Ao comparar o preço da cesta básica de agosto deste ano com o mesmo mês do ano passado, foi constatada uma queda em nove capitais, variando entre 5,24% em Vitória e 0,08% em Curitiba. Porém, oito cidades apresentaram aumento nos preços, com destaque para Fortaleza, Porto Alegre e Belo Horizonte.
No acumulado dos primeiros oito meses deste ano até agosto, o custo da cesta básica caiu em 12 capitais, sendo os maiores percentuais de queda registrados em Vitória, Goiânia, Belo Horizonte e Campo Grande. Por outro lado, Aracaju e Recife apresentaram aumento nos preços nesse período.
Com base no preço da cesta básica mais cara, que foi em Porto Alegre, o Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas básicas de uma família deveria ter sido de R$ 6.389,72 em agosto, o que representa quase cinco vezes o valor do salário mínimo atual.
Em relação aos produtos que compõem a cesta básica, o leite integral e a batata tiveram queda de preço em todas as 17 capitais pesquisadas. O feijão carioquinha teve redução de preço em todos os locais onde foi pesquisado, enquanto o feijão tipo preto diminuiu em três das cinco capitais onde é analisado. Já a carne bovina de primeira e o tomate tiveram redução de preço em 14 das 17 capitais. Por outro lado, o pão francês e o arroz agulhinha tiveram aumento de preço em 11 e 12 capitais, respectivamente.
Esses dados mostram que, apesar das variações de preços dos alimentos básicos, é importante destacar que a cesta básica continua sendo um dos principais desafios para as famílias brasileiras, principalmente para aquelas que possuem renda mais baixa. A queda de preços em algumas capitais pode aliviar o orçamento dessas famílias, mas ainda existem desigualdades regionais e uma alta dependência de produtos que tiveram aumento de preço em outras localidades, o que impacta diretamente no poder de compra dos consumidores.