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Número de mortes sobe para 37 e governo do Rio Grande do Sul decreta estado de calamidade pública após chuvas intensas

As intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias resultaram em um aumento do número de mortes, que agora chega a 37. Diante dessa situação, o governo do estado irá decretar estado de calamidade pública. As cidades mais afetadas foram Muçum, com 14 óbitos, e Roca Sales, com 9. Outros municípios também registraram mortes, como Lajeado, Estrela, Ibiraiaras, Cruzeiro do Sul, Mato Castelhano, Passo Fundo, Encantado e Santa Tereza.

De acordo com a Defesa Civil estadual, até o momento 79 municípios foram atingidos pelas chuvas, deixando 2.319 pessoas desabrigadas e 3.575 desalojadas. Os números ainda contabilizam 1.777 pessoas resgatadas e 9 desaparecidas. Estima-se que cerca de 56.787 pessoas foram afetadas no total.

Em resposta à situação, duas cidades, Santa Tereza e Nova Roma do Sul, decretaram situação de emergência. Essa é a primeira etapa para a solicitação de ajuda humanitária e recursos financeiros. Após essa declaração, o estado analisa e processa a homologação estadual e encaminha para a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, a fim de obter o reconhecimento federal.

Em visita ao Rio Grande do Sul, os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, garantiram que não faltarão recursos para a assistência às vítimas das fortes chuvas. Eles afirmaram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destinou anteriormente R$ 280 milhões para auxiliar nas situações de desastre, e que, se necessário, novas medidas serão tomadas.

O ministro da Integração destacou a importância da colaboração entre os governos federal, estadual e municipal, além do apoio dos parlamentares e da sociedade, para otimizar o planejamento e a utilização dos recursos públicos disponíveis.

Paulo Pimenta, por sua vez, compartilhou em suas redes sociais imagens aéreas de áreas inundadas e destruídas nos municípios afetados. Ele descreveu o cenário como triste e desolador.

Diante da situação de calamidade, a Caixa Econômica Federal irá liberar o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores residentes nas áreas afetadas. Contudo, é necessário que o município tenha sua condição reconhecida oficialmente pelo governo federal. Após a liberação, a população poderá realizar o saque de forma digital, sem a necessidade de comparecer a uma agência bancária.

Atualmente, seis cidades já estão habilitadas para solicitar o saque calamidade, devido a desastres naturais anteriores. Os beneficiários poderão indicar uma conta do próprio banco ou de outra instituição financeira para receber os valores, sem custo adicional.

Com os estragos causados pelas chuvas intensas, fica evidente a necessidade de ações integradas e eficazes para atender às vítimas, garantir a assistência necessária, restabelecer o normal funcionamento nas áreas afetadas e, posteriormente, realizar a reconstrução. Espera-se que a liberação de recursos e o apoio dos órgãos competentes possam ajudar a amenizar a situação e oferecer suporte às comunidades atingidas no Rio Grande do Sul.

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