O Pix parcelado funciona de forma semelhante a um parcelamento com juros no cartão de crédito, podendo estar relacionado ao limite do cartão do cliente ou a um tipo de empréstimo oferecido pelo banco, sujeito à análise de crédito.
Para utilizar essa modalidade, o cliente precisa ter uma linha de crédito pré-aprovada junto à instituição financeira. O valor do Pix é descontado em parcelas na conta do usuário e é recebido instantaneamente na conta do destinatário indicado por ele.
Ainda não há um nome definido para essa nova operação, podendo ser chamada de Pix parcelado, Pix garantido ou Pix crédito. O parcelamento pode ser feito em até 24 vezes, com juros que variam de acordo com cada banco.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que está acompanhando de perto o desenvolvimento e o avanço das novas funcionalidades do Pix. No entanto, o parcelamento ainda não foi regulamentado pelo BC. A federação ressalta que a oferta de produtos e estratégias comerciais é de responsabilidade de cada banco.
O advogado especialista em direito bancário Alexandre Ricco considera que essa nova modalidade atende de forma prática e dinâmica à cultura atual. No entanto, ele alerta para a necessidade de cuidado ao aderir à linha de crédito, para evitar que ela se torne uma nova forma de endividamento para os brasileiros. Ricco destaca a importância de estar atento às condições contratuais oferecidas pelas instituições financeiras, como o número de parcelas e os juros. Ele ressalta que a conscientização financeira é fundamental para evitar novas dívidas.
De acordo com a Serasa, até julho deste ano, existiam cerca de 71,41 milhões de inadimplentes no país, com uma média de dívida de R$ 4.000.
Diversos bancos já estão oferecendo o Pix parcelado aos seus clientes. O Banco do Brasil foi um dos primeiros a disponibilizar essa opção, por meio do “BB Parcela Pix”, em dezembro de 2022. O Pan, o Itaú e o Inter também oferecem essa modalidade, com condições que variam de acordo com cada instituição.
No entanto, alguns bancos, como a Caixa Econômica Federal, C6 Bank e PagBank, ainda não oferecem o Pix parcelado. Já o BMG não respondeu sobre a disponibilidade dessa opção aos seus clientes.
É importante ressaltar que o usuário deve estar atento ao realizar transações via Pix, pois elas são rápidas e dinâmicas. Alexandre Ricco destaca a importância de verificar corretamente os dados do destinatário, conferir todos os dados e verificar os encargos bancários que estarão relacionados à operação.
Segundo uma pesquisa da Genial/Quaest, metade dos consumidores com nome sujo não consegue limpar seus nomes dos cadastros negativos, como o SPC e Serasa. O levantamento mostra que 56% dos brasileiros já foram incluídos nesses cadastros e que 51% não conseguiram limpar seus nomes.
Em suma, o Pix parcelado é uma novidade que tem atraído a atenção dos bancos e clientes brasileiros. No entanto, é importante tomar cuidado ao aderir a essa modalidade para evitar o endividamento excessivo. A conscientização financeira e a análise das condições contratuais são fundamentais nesse processo.
