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Pioneiras da Matemática: Conheça as mulheres negras que transformaram a ciência nos Estados Unidos

O livro “101 Mulheres Incríveis que Transformaram a Ciência” apresenta as histórias inspiradoras de Dorothy Vaughan, Katherine Johnson e Mary Jackson, três matemáticas que se destacaram como pioneiras na Nasa e foram imortalizadas no filme “Estrelas Além do Tempo”.

Essas mulheres extraordinárias enfrentaram uma dupla barreira de obstáculos, tanto por serem mulheres quanto por serem negras, numa época em que as oportunidades para mulheres negras na área da matemática eram extremamente limitadas nos Estados Unidos. Essa dupla conquista fez com que suas trajetórias se tornassem ainda mais notáveis e dignas de reconhecimento.

Mas elas não foram as únicas pioneiras. Outra mulher menos conhecida, mas igualmente importante, foi Euphemia Haynes. Filha de um dentista e uma educadora infantil, ela se tornou a primeira mulher negra a obter um doutorado em matemática nos Estados Unidos, em 1943, pela Universidade Católica da América. Haynes lecionou por quase cinquenta anos em escolas públicas e universidades em Washington, D.C. Ela também foi a primeira mulher a presidir o Conselho de Educação da capital norte-americana, onde contribuiu para a eliminação de um sistema discriminatório de seleção de alunos. Depois de se aposentar, Haynes fundou o Departamento de Matemática da Universidade do Distrito de Columbia. Além de suas realizações acadêmicas, ela também foi ativa em organizações filantrópicas católicas e recebeu a Medalha Papal de Honra do papa João 23.

Outra pioneira foi Evelyn Boyd Granville, a segunda mulher negra a obter um doutorado em matemática nos Estados Unidos. Completando seu doutorado em 1949 pela Universidade de Yale, Granville se destacou na área de séries de Laguerre no domínio complexo. Ela lecionou em diversas universidades antes de ingressar na IBM em 1956 como programadora de computadores. Na IBM, ela contribuiu para projetos importantes da Nasa, como o programa Apolo, que enviou os primeiros homens à Lua. Granville também foi vítima de discriminação racial em um evento da Mathematical Association of America em 1951, o que levou ao estabelecimento de políticas antidiscriminatórias em atividades científicas.

Essas histórias de mulheres negras que superaram desafios e se destacaram no campo da matemática são verdadeiros exemplos de perseverança e excelência. Suas contribuições para a ciência e para a sociedade como um todo merecem ser reconhecidas e celebradas.

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