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Reforma agrária
O espinhoso tema da reforma agrária, junto ao frondoso pacote de iniciativas governamentais para transformar o sistema de saúde e de aposentadoria, assim como os códigos trabalhistas vigentes hoje, geraram um clima de extrema tensão em que as agremiações patronais e os setores políticos tradicionais, com microfone aberto nos grandes meios de comunicação, não cessam de alertar sobre “os perigosos caminhos que o governo está tomando”.
Com a lupa posta sobre cada movimento, cada palavra e inclusive até cada silêncio de Petro, seus adversários anunciam o apocalipse e apelam a conhecidos recursos, já utilizados em outros países, como o de propagar uma suposta loucura do presidente, duvidando das suas capacidades mentais e físicas para governar.
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Até um projeto de lei para que o chefe de Estado seja obrigado a se submeter a exames médicos e psiquiátricos foi impulsionado no parlamento pelo ultradireitista partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe.
Segundo o analista político Horacio Duque, as denúncias de Petro fazem pensar que o que está em marcha é um golpe duro, não suave, “pois se refere a uma rede de empresários espanhóis aliados com as oligarquias tradicionais da Colômbia para interromper o mandato do presidente Petro, um plano que envolve a direita internacional”.
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Em declarações ao La Jornada, Duque comentou que “a ideia do golpe contra Petro tem estado presente nos planos da ultradireita desde o início do primeiro governo progressista na história recente do país”.
Adicionou que a conspiração também tem um componente jurídico no qual participam altos funcionários do Estado de origem conservadora, como o Promotor-Geral, Francisco Barbosa, “dedicados a bloquear o governo e a manchar com golpes midiáticos seu desempenho”.
Citou como exemplo o espetáculo que a Promotoria armou recentemente em torno de um assunto conjugal de Nicolás Petro, filho do presidente, acusado por sua ex-esposa de ter recebido altas somas de dinheiro destinadas supostamente à campanha eleitoral do então candidato Petro, que acabaram nos bolsos do filho.
Segundo Duque, o melhor que o presidente pode fazer é aprofundar as alianças com outros setores políticos e fortalecer o movimento popular para garantir a governabilidade e levar adiante as reformas que prometeu aos colombianos durante a campanha.
Jorge Enrique Botero | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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Reforma agrária gera tensão na Colômbia
O projeto de reforma agrária, juntamente com outras iniciativas governamentais relacionadas à saúde, aposentadoria e códigos trabalhistas, está causando uma grande tensão na Colômbia. As associações patronais e os setores políticos tradicionais estão alertando sobre os supostos perigos que o governo está enfrentando, utilizando os meios de comunicação para espalhar suas críticas.
A cada movimento, cada palavra e até mesmo cada silêncio do presidente Petro são minuciosamente analisados. Seus adversários estão propagando rumores sobre sua suposta insanidade, duvidando de sua capacidade mental e física para governar, usando táticas já utilizadas em outros países.
Um projeto de lei foi proposto no parlamento pelo partido ultradireitista Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, para obrigar o chefe de Estado a passar por exames médicos e psiquiátricos.
De acordo com o analista político Horacio Duque, as denúncias feitas por Petro indicam um golpe duro em andamento. Ele argumenta que empresários espanhóis aliados às oligarquias tradicionais da Colômbia estão conspirando para interromper o mandato do presidente Petro, com o envolvimento da direita internacional.
Em entrevista ao La Jornada, Duque afirmou que a ideia de um golpe contra Petro está nos planos da ultradireita desde o início do primeiro governo progressista do país. Ele também mencionou que altos funcionários conservadores do Estado, como o Promotor-Geral Francisco Barbosa, estão bloqueando o governo e manchando sua reputação com golpes midiáticos.
Um exemplo dessa difamação foi o escândalo recente envolvendo Nicolás Petro, filho do presidente, acusado por sua ex-esposa de receber altas quantias de dinheiro destinadas à campanha eleitoral de Petro, que teriam acabado nos bolsos do filho.
Para Duque, a melhor estratégia para o presidente é fortalecer alianças com outros setores políticos e movimentos populares, garantindo a governabilidade e avançando com as reformas prometidas durante a campanha.
Jorge Enrique Botero | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados. Tradução: Beatriz Cannabrava
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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