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Magno Malta critica ativismo judicial e influência de ONGs, e defende o marco temporal e o agronegócio em pronunciamento no Senado.

O senador Magno Malta (PL-ES), em pronunciamento nesta segunda-feira (4), disse que o Senado deve cumprir seu dever constitucional e cobrar a defesa da harmonia entre os três Poderes, que considera ameaçada pelo ativismo judicial. Ele criticou a influência das organizações não governamentais sobre o governo e declarou-se preocupado com a possibilidade de derrubada do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF): para ele, a decisão feriria o setor agropecuário e não atenderia às demandas dos povos indígenas.

Segundo Malta, o Brasil sem marco temporal ficaria “do tamanho de Sergipe”. Ele contestou as acusações contra o agronegócio, que, conforme ressaltou, responde por um quarto da balança comercial do país. E apelou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para “levantar a voz” contra a interferência de um Poder em outro.

FPM

O parlamentar também declarou sua solidariedade aos municípios do Nordeste prejudicados com a escassez de repasses do governo federal ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Malta lembrou que o FPM garante a sobrevivência de muitos municípios de baixo potencial econômico e repercutiu a indignação dos prefeitos, que, segundo ele, teriam sido enganados pelo governo.

— Tem uma dessas prefeituras em que todos os funcionários públicos já foram à delegacia registrar um boletim de ocorrência contra o poder público municipal, porque não receberam o pagamento. Que culpa tem o prefeito? A culpa é do governo federal, que disse que eles seriam bem tratados, que ia melhorar o FPM, que ia ter picanha e cerveja gelada todo final de semana. Eu não vou mandar esses prefeitos fazerem o “L” porque seria debochar de uma pessoa doente no leito de dor. Eles estão no leito de dor, confiando em quem disse que os curaria — disse.

Covid

Malta ainda cumprimentou o ministro do STF Cristiano Zanin pela decisão que extinguiu duas ações que questionavam a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro na aquisição de vacinas durante a pandemia de covid-19. O senador disse que os argumentos de Zanin desmontaram a narrativa do “genocídio” na condução da crise sanitária no governo anterior e classificou as vacinas contra covid como um “experimento” que submete a população a uma série de comorbidades.

— O Brasil foi o segundo país do mundo a começar a vacinar. Passou de 10º lugar em mortes. Não está entre os dez. Morreu gente no mundo inteiro e continua morrendo. Porque a morte nunca vai acabar, a morte é a morte. E porque na pandemia até bala perdida virou covid — alegou.

(Fonte: Agência Senado)

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