Essa viagem seria considerada rara, já que Kim Jong Un raramente sai de seu país. No entanto, o momento é crucial para ambos os líderes, já que a Rússia busca estabelecer laços militares mais próximos com a Coreia do Norte. Durante a visita, Kim e Putin discutirão o envio de projéteis de artilharia e mísseis antitanque à Rússia, em troca da tecnologia avançada de Moscou para satélites e submarinos movidos a energia nuclear.
A Coreia do Norte tem se mostrado cada vez mais isolada na comunidade internacional, devido às suas atividades nucleares e aos testes de mísseis balísticos. O país sofre sanções da ONU, o que limita suas opções de comércio e cooperação com outros países. Por outro lado, a Rússia enfrenta tensões com o Ocidente, em especial os Estados Unidos, devido a questões como a anexação da Crimeia e o envolvimento em conflitos na Ucrânia e na Síria.
Nesse contexto, uma aproximação entre a Coreia do Norte e a Rússia poderia ser vista como uma forma de desafiar as sanções internacionais e ganhar força política no cenário mundial. Além disso, o comércio de armas entre os dois países poderia ser uma maneira de a Rússia reforçar sua presença militar na região e aumentar sua influência geopolítica.
No entanto, ainda é incerto o resultado dessa possível colaboração, visto que ambos os países enfrentam seus próprios desafios internos e externos. Enquanto a Coreia do Norte busca alavancar sua economia e obter reconhecimento internacional, a Rússia precisa lidar com pressões econômicas e geopolíticas, além de buscar alternativas a parcerias com países ocidentais.
Certamente, o encontro entre Kim Jong Un e Vladimir Putin despertará o interesse da comunidade internacional e pode ter consequências significativas para o cenário global. Resta aguardar os desdobramentos dessa visita e acompanhar as possíveis negociações entre os dois líderes.